Friday, May 10, 2013

Angola: BB- EM NOTAÇÃO FITCH. ABRIR UM BANCO POR 19 MILHÕES DE EUROS




Fitch atribuiu notação BB- a Angola, com "perspetiva positiva"

09 de Maio de 2013, 15:07

Luanda, 09 mai (Lusa) - A agência de notação Fitch atribuiu BB- a Angola, com "perspetiva positiva", na mais recente análise sobre o comportamento da economia angolana, divulgada esta semana.

A "perspetiva positiva" da Fitch é justificada com a "redução da vulnerabilidade externa", que reflete o compromisso de Angola com reformas macroeconómicas e "políticas prudentes".

Estes aspetos contribuíram para assegurar o superavit nas contas correntes, com reservas acumuladas disponíveis para pagar importações no período de 6,8 meses, contra os 3,7 meses registados em 2008.

O "forte crescimento" do PIB garantiu a diversificação da economia, bem como o "rápido crescimento" da renda "per capita", que a Fitch considera ter sido o mais rápido das economias da África subsaariana, prevendo que em 2013 aeconomia angolana cresça 8,2 por cento, e em 2014 o crescimento deverá ser mais moderado: 7,8 por cento.

A queda da inflação para um dígito, o que acontece pela primeira vez em décadas, assinala, "reflete a estabilidade cambial e a melhoria da política monetária, uma tendência que se espera continue a verificar-se".

Quanto à dívida de Angola relativamente ao PIB, a Fitch encontra também melhorias, tendo passado dos 36 por cento de 2010 para 22 por cento em 2012.

A "elevada dependência" de Angola das exportações de bens, particularmente do petróleo, representa para a Fitch um dos pontos fracos da economia angolana devido ao perigo da "sobrexposição" ao preço dos hidrocarbonetos.

A Fitch assinala ainda que, segundo os indicadores do Banco Mundial, "a administração pública e o clima económico" são mais fracos quando comparados com outros países.

"O ambiente de negócios é marcado por custos elevados, excessiva burocracia, corrupção e ainda extrema pobreza no cumprimento de contrato. O governo está a envidar esforços para desenvolver infraestruturas, sobretudo na energia, estradas e infraestruturas sociais", destaca.

EL // PJA

Abrir um banco em Angola passa a custar pelo menos 19 milhões de euros

09 de Maio de 2013, 19:09

Luanda, 09 mai (Lusa) - Para uma sociedade financeira bancária se instalar em Angola precisa de ter um capital mínimo de 19 milhões de euros, decidiu hoje em Luanda a Comissão Económica do Conselho de Ministros.

O limite consta do comunicado da reunião do governo angolano, que inclui ainda o anúncio da criação de um Plano de Emergência para fazer frente aos efeitos da seca na província do Cunene, sul do país.

No final da reunião, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, referiu, citado pela agência Angop, que a partir da aprovação da medida, alguns bancos, que não citou, terão de fazer um esforço de ajustamento, tendo para o efeito um período que vigorará até junho de 2014.

O governador do BNA acrescentou que as novas regras impõem que o banco central se pronuncie no prazo máximo de seis meses sobre a pretensão de qualquer sociedade financeira querer instalar-se em Angola.

O prazo poderá ir até aos 12 meses, e caso não haja resposta do BNA nesse período, o pedido é tacitamente recusado.

Atualmente operam em Angola 23 bancos, que cobrem todas as áreas, incluindo o "private banking", e a perspetiva de crescimento do setor é grande, em virtude de apenas 22 por cento da população angolana, calculada em cerca de 20 milhões de pessoas, utilizar serviços bancários.

Relativamente ao Plano de Emergência para combater os efeitos da seca no Cunene, o bispo de Ondjiva, capital daquela província, Pio Hipunyati, em declarações feitas na quarta-feira à Lusa, considerou que a seca que atinge a região é "a mais severa dos últimos anos", ameaçando cerca de um milhão de pessoas.

O comunicado destaca que o Plano de Emergência para o Cunene será executado por uma comissão coordenada pelo Ministério do Planeamento e Desenvolvimento Territorial e integrada pelos ministérios da Administração do Território, Assistência e Reinserção Social, Agricultura, Saúde, Energia e Águas e pelo Governo da Província do Cunene.

"O referido Plano tem por objetivo garantir de imediato a assistência médica e medicamentosa, em bens alimentares e de distribuição de água potável às populações mais carenciadas", acentua o comunicado.

EL // JMR

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