Wednesday, May 22, 2013

Cabo Verde quer ser referência na regulação no setor da energia na África Ocidental



JSD – MLL - Lusa

Cidade da Praia, 21 mai (Lusa) - O presidente da Agência de Regulação Económica (ARE) cabo-verdiana afirmou hoje, na Cidade da Praia, que Cabo Verde quer servir de exemplo na sub-região oeste-africana na área da regulação, sobretudo no setor das energias renováveis.

Renato Lima falava à imprensa após a abertura do workshop "Interação das Energias Limpas Dentro do Mercado das Energias", promovido pela ARE, em parceria com Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

"A ideia é criar um quadro de referência em matéria de regulação que permita fazer uma análise consistente da evolução que se regista atualmente no mercado energético, nomeadamente com a entrada das energias renováveis", frisou Renato Lima.

Cabo Verde, lembrou, foi designado como um dos líderes em matéria de regulação e de investimento nas energias renováveis na sub-região, albergando a sede do Centro de Energias Renováveis da CEDEAO, na Cidade da Praia.

"Em termos de regulação, as questões técnicas são essencialmente as mesmas em todos os países. Em Cabo Verde já temos a primeira parceria público-privada no setor das renováveis - energia eólica e de referência internacional. Já temos alguma experiência que poderá ser aproveitada pelos países da nossa sub-região", sublinhou.

O seminário, que termina na quinta-feira, visa proporcionar uma formação avançada sobre o tratamento regulatório da integração das energias renováveis nos sistemas energéticos e servir como facilitador do diálogo para o arranque da elaboração de um documento sobre princípios da regulação das energias renováveis.

A ideia, segundo a ARE, é que esse documento seja um guia prático para os decisores da região da CEDEAO, fornecendo um leque variado de abordagens, mecanismos, ferramentas, melhores práticas e experiências nacionais.

Participam no evento entidades nacionais que direta ou indiretamente intervêm no setor energético e representantes de entidades reguladoras dos Estados Unidos e de alguns países da sub-região.

Cabo Verde já conta com uma taxa de penetração de cerca de 30% na rede de produção e distribuição de energia elétrica no país, estratégia integrada num ambicioso projeto que prevê dotar o arquipélago com capacidade de produzir 100% de energias limpas até 2020.

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