Anabela Natário - Expresso
O país "está metido" numa crise social, económica e política, o que pode resultar, segundo o líder do PS, num perigo para a democracia.
Portugal corre o risco de entrar numa crise de regime, é o que pensa o líder do Partido Socialista António José Seguro que lançou hoje um alerta em Mangualde, durante a apresentação do candidato do PS à câmara local.
"Nós estamos metidos numa grave crise. Numa crise social, numa crise económica, numa crise política, e estas três crises somadas podem dar origem a uma crise de regime", disse Seguro.
Embora estivesse na cidade do distrito de Viseu para apoiar a recandidatura de João Azevedo, o secretário-geral dos socialistas não deixou de fora as questões mais prementes - não só as materiais mas também as ideológicas - geradas pela crise em que o país e a Europa se encontram.
Reconhecendo que "hoje já há muita gente que vive desiludida com a política, que não acredita que a politica lhe resolva os problemas", António José Seguro afirmou: "Nós temos uma dupla responsabilidade: a responsabilidade de renovar a confiança dessas pessoas nas instituições democráticas do nosso país e, fundamentalmente, de dar respostas aos problemas dos portugueses".
E voltou a criticar a política de austeridade do Governo que só cria "dor, sofrimento e sacrifícios". "Conhecem algum país que tenha reduzido a sua dívida ou a pague ficando mais pobre?", lançou o líder socialista.
"Estamos a caminho de uma tragédia. É possível sair desta crise de outra forma, não apenas dependendo de nós próprios, mas envolvendo todos os países da União Europeia", afirmou.
Já sábado, António José Seguro tinha criticado o Executivo de coligação liderado por Passos Coelho, dizendo que este Governo "nem para cair é competente".
"O país precisa de um Governo que dê confiança, que respeite os portugueses e que acabe com uma política de austeridade, concentrando-se numa estratégia de emprego e crescimento económico", disse Seguro, na comissão nacional do PS reunida sábado em Setúbal.
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