Monday, May 20, 2013

Festejos com pronúncia do norte na Terra Branca da Cidade da Praia - FC Porto Campeão




José Sousa Dias, da agência Lusa

Cidade da Praia, 19 mai (Lusa) - A vitória do FC Porto no campeonato português de futebol foi festejada um pouco por todo o arquipélago de Cabo Verde, mas a festa rija decorreu na Terra Branca, "feudo" dos "dragões" da capital do país.

Ao som da "Pronúncia do Norte", "We Are The Champions", dos Queen, e do hino oficial dos "portistas", saídos de potentes altifalantes, a rotunda da Terra Branca, que liga a estrada para a Cidade Velha e a Achada de Santo António, "entupiu" com dezenas de automóveis, que buzinavam, e de adeptos, que apitavam, cantavam e dançavam.

Com a avenida Cidade de Lisboa deixada ao trânsito, é nos bairros da Achada de Santo António, Terra Branca e Achadinha que mais se está a festejar a 27.ª vitória do FC Porto, na mais importante competição futebolística portuguesa.

Na rotunda da Terra Branca, várias cordas estendidas entre as casas, de um e do outro lado da rua, permitiam ver bonecos azuis de pé e vermelhos, de pernas para o ar, cordas que caíam com frequência, complicando ainda mais o tráfego, mas sempre sem problemas de maior.

"É muita emoção, são muitos anos a ser campeão e não consigo explicar como me sinto", disse à agência Lusa Danielson Pina, funcionário público, admitindo que, este ano, o troféu foi mais difícil de conquistar, pois só hoje, na última jornada, o FC Porto ganhou a prova, depois de vencer o Paços de Ferreira por 2-0.

"Foi mais difícil. O campeonato estava nas mãos dos benfiquistas, mas, felizmente, eles fraquejaram e nós mostrámos que somos sempre melhores. Como sempre, somos Porto!!! Porto!!! Somos sempre os melhores!".

Eufórico, Armindo de Pina, pedreiro de profissão, gritava "campeões, campeões" e, pelo meio, disse à Lusa que "o Benfica complica sempre, mas nunca ganha nada".

"Vitória! Sempre!", respondeu quando questionado sobre o que quer mais para os "dragões".

De copo de cerveja na mão, roubado momentos antes a um outro adepto "portista", Eneiga Rodrigues, empregada de balcão, esforçava-se por conseguir falar ao telemóvel e, à Lusa, garantia que o título "até nem foi difícil" de conquistar, afirmando, por fim, sentir "mais uma grande alegria", de tal forma que nem sabe explicar.

Acabada a conversa, Eneida bebeu mais um gole de cerveja e acabou a dançar.

JSD // MAG

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