Monday, May 6, 2013

Portugal: BE ACUSA PAULO PORTAS DE “MUITO CINISMO”




Jornal de Notícias

João Semedo, coordenador do Bloco de Esquerda, afirmou que Paulo Portas está "de acordo com a estratégia de austeridade" do Governo e acusou-o de "muito cinismo", advertindo que o sistema de pensões e Segurança Social é tutelado por um ministro centrista.

"Eu julgo que os portugueses estão pouco interessados em conhecer os estados de alma e as grelhas de leitura do ministro Paulo Portas, os portugueses estão interessados em conhecer as decisões do Governo e os resultados dessas decisões e o que ontem ficámos a saber é que o ministro Paulo Portas está de acordo com o programa anunciado pelo Governo", declarou João Semedo.

O coordenador bloquista falava numa conferência de imprensa na sede do partido, esta segunda-feira, sobre as novas medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

João Semedo frisou que o presidente do CDS está de acordo com a "estratégia orçamental e de austeridade apresentada pelo primeiro-ministro" e que "tudo o resto é fingimento, teatro e muito cinismo".

"Julgamos que tanto cinismo numa situação tão grave para tantos e tantos portugueses não é aceitável numa figura política como é Paulo Portas", afirmou.

"Estamos a falar de uma área de Governo que é da responsabilidade direta do ministro do CDS, Pedro Mota Soares, como todos sabemos, e Paulo Portas teve o cuidado de não lembrar isso, tudo o que diz respeito a pensões, reformas e segurança social é da responsabilidade do ministro Pedro Mota Soares", acrescentou.

O coordenador do BE considerou que as palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros mostram "diferenças na coligação" e que o Governo "está a desagregar-se e em final de vida", mas também que "Paulo Portas está disposto a tudo para salvar o Governo e para se salvar a ele enquanto ministro".

"O que o ministro Paulo Portas ontem tentou fazer foi anestesiar o protesto e o descontentamento dos pensionistas, dando-lhes a ideia de que quanto mais longe for a destruição do Estado mais defendidas estão as suas reformas", criticou.

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