Sunday, May 5, 2013

Portugal: Passos Coelho não se demite se PSD perder autárquicas – com opinião PG




Jornal i - Lusa

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, deixou hoje claro, em Pombal, que se o partido perder as eleições autárquicas deste ano não se demitirá do cargo de primeiro-ministro, como aconteceu com o socialista António Guterres.

"As próximas eleições não vão ser aquilo que tanta gente gostaria que fosse, uma espécie de pântano e de antecâmara do colapso nacional. Enquanto for primeiro-ministro não há situações de pântano em Portugal", afirmou, no aniversário do 39.º aniversário dos sociais-democratas.

Num discurso de mais de 40 minutos, Passos Coelho salientou que a sua obrigação, aconteça o que acontecer nas autárquicas, "é de governar e de trazer o PSD para um exercício de responsabilidade".

"Espero que o PSD possa este ano ter um grande resultado e sei que estamos todos a trabalhar para que isso possa a acontecer, mas sei também que aconteça o que aconteçer vamos continuar a ser um grande partido das autarquias locais", disse o dirigente.

Na sua intervenção, o líder laranja não quis valorizar as diferenças entre os dois partidos de governação, mas procurou realçar aquilo que tem aproximado PSD e CDS na procura diária de "encontrar as melhores soluções para o país".

Para Passos Coelho, "este Governo não teria sido possível e o combate que estamos a fazer pelo país não seria bem sucedido sem o empenho do nosso parceiro de coligação, e acreditem que trabalhamos intensamente todos os dias para conseguir as melhores soluções".

"Quero enviar um abraço caloroso e solidário para o nosso parceiro de coligação que, neste tempo tão desafiante, aceitou connosco voltar a página da história, conseguindo ultrapassar os erros acumulados de muitos anos de socialismo e apresentar aos portugueses um futuro com mais oportunidades, emprego mais sustentado e um país mais aberto e progressista", afirmou.

Já ao início da tarde, antes do almoço comemorativo do 39.º aniversário do partido, Passos Coelho tinha afirmado que "mo menu de medidas apresentadas" sexta-feira ao país, "há várias que decorreram do empenho pessoal" do líder do CDS.

Paulo Portas tem tido "muito trabalho dentro do Governo para que nós consigamos encontrar as melhores respostas possíveis" e, sendo um ministro de Estado, tem uma responsabilidade especial que "tem sabido cumprir", disse o primeiro-ministro.

Segundo Passos Coelho, o parceiro de coligação tem aplicado "muito do seu talento a ajudar a encontrar melhores soluções, mais completas", que possam ser discutidas "com a 'troika' e com os parceiros sociais", pelo que confia "no seu sentido de responsabilidade e naquilo que pode vir dizer" no domingo ao país.

A TOLERÂNCIA E A PACIÊNCIA TÊM LIMITES – opinião PG

Passos diz que não se demite mesmo que os resultados das eleições autárquicas sejam estrondosamente desfavoráveis ao seu partido e de Cavaco, o PSD, como se prevê. De Passos ou de Cavaco não podemos esperar outra reação. Agarrados ao poder como estão, com a missão de fazer a entrega completa da miserabilização de Portugal aos mercados e à alta finança eles sabem que só têm uma saída: agarrarem-se ao poder que os portugueses por eles vigarizados lhes entregaram em eleições. Até ao final dos seus mandatos o cenário constante será o fartar vilanagem tão ou mais grave como tem sido até à presente data.

O fascismo com rosto de modernidade ocupou Belém e São Bento. Portugal está a ficar arrasado, é terra queimada, onde sobreviverão somente uns quantos "senhores". Se assim não fosse não estaríamos a assistir à destruição de Portugal e dos portugueses, da democracia, das liberdades, dos direitos constitucionais. Não estaríamos a assistir à violação de Direitos Humanos – como hoje alerta a Amnistia Internacional.

Para salvar Portugal e a Europa, se eles não saem, não se demitem e teimam em se agarrar aos poderes contra tudo e contra todos, vamos ter de derrubá-los. A estes e a toda a família europeia que impõe o fascismo económico aos países do sul - por enquanto e até alastrar a alguns do norte da Europa. A tolerância e a paciência dos povos tem limites. (Redação PG)

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