Tuesday, May 21, 2013

PR de Timor-Leste diz que é preciso saber passar aos jovens exemplo de serviço ao país




CFF – VM - Lusa

Díli, 20 mai (Lusa) - O Presidente timorense, Taur Matan Ruak, disse hoje que é preciso saber passar aos jovens "o exemplo de sacrifício e serviço ao país" dos heróis da libertação para conseguir criar uma "Nação pacífica, mais segura e mais rica".

"O nacionalismo e a liberdade foram sempre instrumentos para desenvolver a sociedade, superar a pobreza, melhorar as condições de vida e criar uma Nação pacífica, mais segura e mais rica. Este é o trabalho que temos, agora, à nossa frente. Temos de saber passar aos jovens o exemplo de sacrifício, serviço ao país, firmeza na luta pela soberania nacional e outras lições que a história nos ensinou nas últimas décadas", disse Taur Matan Ruak.

O Presidente timorense, que discursava hoje nas cerimónias comemorativas do 11.º aniversário da Independência de Timor-Leste, lembrou a luta de 24 anos pela independência e soberania do país em relação à vizinha Indonésia, sublinhando a união entre "líderes e povo, a frente armada, a clandestina e a diplomática".

Taur Matan Ruak, que cumpre o primeiro ano do seu primeiro mandato presidencial, assinalou que o 11.º aniversário da independência se comemora numa altura em que "o país entrou numa nova era de desenvolvimento e realização social e económica".

"Trabalharmos juntos na construção do país que ambicionamos é a melhor homenagem que podemos prestar aos heróis da libertação nacional", disse.

Em termos políticos, o Presidente destacou a convergência que tem sido possível entre Governo e oposição, considerando que "a situação política tem sido cada vez mais marcada pelo diálogo e concertação".

"As diferenças políticas enriquecem a sociedade e o debate político tem ajudado a encontrar formas de unidade na ação, contribuindo para incluir o esforço de todos no trabalho para uma nova economia e de uma sociedade mais dinâmica", considerou.

"Estão reunidas condições para -- todos juntos -- imprimirmos um novo impulso, decisivo, em direção ao desenvolvimento social e económico", disse.

Entre as prioridades para o futuro, apontou o aumento da presença do Estado em todo o país, a criação de polos de desenvolvimento, a modernização de infraestruturas e o desenvolvimento do setor produtivo.

A nível internacional, Taur Matan Ruak sublinhou o sucesso da parceria com as Nações Unidas e adiantou que o país irá continuar a trabalhar na adesão à Associação das Nações do Sudoeste Asiático (ASEAN).

No âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), destacou que Timor-Leste irá presidir à organização por dois anos a partir de 2014 e sublinhou "os desenvolvimentos positivos" conseguidos na Guiné-Bissau, sem deixar de expressar satisfação por "ver um filho de Timor" como representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, referindo-se ao antigo Presidente timorense José Ramos-Horta.

O chefe de Estado timorense destacou ainda a importância das mulheres no desenvolvimento do país, considerando que, apesar de o Parlamento timorense ter das taxas mais elevadas da Ásia em termos de presença feminina, "a contribuição das mulheres para a sociedade ainda não é suficientemente valorizada".

Taur Matan Ruak lembrou que a violência doméstica e o abuso sexual "continuam a exigir atenção e medidas firmes de proteção das vítimas" e saudou "as mulheres e os homens que contribuem para a proteção das vítimas da violência".

No discurso, o Presidente timorense destacou ainda o papel da Igreja Católica em todo o processo de independência e de transformação do país e apelou a todos para que participem na construção de uma sociedade melhor.

"O nosso país atravessa um momento raro, histórico, em que temos a oportunidade de ajudar a desenhar o nosso futuro e a modernizar a nossa sociedade -- reforçando a nossa identidade e a vivência dos melhores valores da nossa tradição. Todos os filhos de Timor são chamados a participar para melhorar a nossa sociedade e o país", disse.

A República Democrática de Timor-Leste tornou-se independente da Indonésia, que considerava a antiga colónia portuguesa a sua 27.ª província, em 20 de maio de 2002, depois de 24 anos de resistência armada e de um referendo, realizado a 30 de agosto de 1999, em que 80 por cento dos timorenses se manifestaram pela independência do território.

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