Friday, May 10, 2013

Reformados, pensionistas e idosos protestam hoje contra política de "terrorismo social"





Cerca de duas centenas de reformados, pensionistas e idosos são esperados hoje, em Lisboa, numa concentração frente ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social para protestar contra uma política que consideram de "terrorismo social".

"Este protesto é a reação dos reformados ao anúncio que o primeiro-ministro  fez ao país das inúmeras medidas de austeridade que se juntam a outras medidas  de austeridade que têm levado ao empobrecimento geral do país e ao agravamento  das condições de vida dos reformados", disse à agência Lusa o presidente  da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI). 

Casimiro Menezes adiantou que muitos reformados desejavam estar presentes  no protesto, mas têm dificuldade em ir devido ao "elevado preço dos transportes".

"Isto é um fator desmobilizador" para os idosos poderem participar na  concentração marcada para as 15:00 na Praça de Londres. 

Na base do protesto do MURPI estão as recentes declarações do Governo  a anunciar "um novo assalto aos bolsos dos reformados". 

"Após uma vida de trabalho os reformados, pensionistas e idosos estão  a ser alvos de uma política de 'terrorismo social', com roubos e mais roubos  aos seus rendimentos, às suas reformas e pensões e profundo retrocesso no  direito à saúde", referiu a confederação. 

Casimiro Menezes disse que os idosos gostariam de perguntar ao ministro  da Solidariedade e Segurança Social qual é "a responsabilidade do CDS nas  medidas tomadas pelo Governo".

"Agora aparece Paulo Portas a dizer que não tem nada a ver com a taxa  que querem impor aos reformados. Nós perguntamos: onde estava o CDS e Paulo  Portas quando o Governo aprovou a contribuição extraordinária de solidariedade,  quando aprovou os cortes nas pensões e quando retirou os subsídios de Natal  e de férias aos reformados", sustentou à Lusa.  

O MURPI sublinhou ainda que os reformados, pensionistas e idosos estão  a ficar "cada vez mais pobres, sendo-lhes negados direitos constitucionais:  o direito à autonomia económica e social, o direito à saúde e à segurança  social". 

A agravar a situação estão as suas "enormes inquietações perante a situação  dos seus filhos e netos" que têm de ajudar devido à "catástrofe social"  do desemprego, acrescentou Casimiro Menezes.  

Além do protesto em Lisboa, reformados, pensionistas e idosos manifestam-se  também no Porto contra as atuais políticas de austeridade. 

Esta ação no Norte do país é promovida pela inter-Reformados, a organização  de reformados e pensionistas da CGTP-IN, cuja concentração está marcada  para as 15:00, na Praça da Trindade.

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