Um dos eventos que mais marcou a Idade Média foram as cruzadas, expedições formadas sob o comando da Igreja Católica, com o intuito de reconquistar Jerusalém, que nessa época estava sob o domínio dos muçulmanos. Pois o mundo cristão estava dividido, os católicos do Oriente não concordavam com algumas doutrinas da Igreja Romana, como a adoração a santos e a cobrança de indulgências, assim eles fundaram a Igreja Ortodoxa.
Apesar de Jerusalém pertencer aos árabes até grande parte do século XI eles permitiram as peregrinações cristãs à Terra Santa. Mas ao final desse mesmo século os turcos seldjúcidas, povos da Ásia Central, tomara Jerusalém e sendo convertidos ao islamismo, eles não se mostravam nada tolerantes e proibiu a entrada dos cristãos a Jerusalém.
Apesar de tudo isso o verdadeiro objetivo para a realização das cruzadas era a conquista de novas terras, pois no século XI a Europa prosperava, devido ao fim das invasões bárbaras, assim com o crescimento do comércio a população também cresceu. Isso resultou em alguns problemas, como a partilha dos bens entre os herdeiros, já que na Idade Média somente o primogênito herdava as terras de seu pai, dessa forma muitos homens ficaram sem terras e não tinham de onde tirar seu sustento.
Por essa razão entraram no mundo da criminalidade, roubando, saqueando e seqüestrando. Para acabar com essa terrível situação e também para reconquistar Jerusalém, no ano de 1095, o papa Urbano II convocou expedições, os homens que participassem das cruzadas ganhariam o perdão de seus pecados.
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Os expedidores ficaram conhecidos como cruzados, por levarem estampada em sua vestimenta, uma grande cruz, símbolo do cristianismo. Ao todo foram realizadas oito cruzadas, a primeira ocorreu entre os anos 1096 e 1099.
A expedição era formada por cavaleiros da nobreza, eles tiveram êxito em sua empreitada quando conseguiram tomar Jerusalém. Já a segunda que ocorreu entre os anos 1147 e 1149 fracassou devido às divergências entre seus lideres, Luís VII da França e Conrado III do Sacro Império. No ano de 1189, Jerusalém foi tomada novamente, pelo sultão muçulmano Saladino.
A terceira cruzada ficou conhecida como Cruzada dos Reis, pois nela participaram o rei inglês Ricardo Coração de Leão, o rei francês Filipe Augusto e o rei do Sacro Império Frederico Barba-ruiva, ela ocorreu entre os anos 1189 e 1192.
Nela foi firmado um acordo de paz entre Ricardo e Saladino, assim os cristãos poderiam voltar a fazer peregrinações a Jerusalém. A quarta cruzada ocorreu entre os anos 1202 e 1204,foi financiada pelos venezianos, interessados nas relações comerciais, mas Balduíno de Flandres que liderava desistiu de seguir até Jerusalém, assim não atingindo seus objetivos.
A quinta cruzada que aconteceu entre os anos 1217 e 1221, foi liderada por João de Brienne e fracassou, pois devido às enchentes do Rio Nilo, ficou isolada. Já a sexta que ocorreu entre 1228 e 1229 teve êxito por ter retomado Jerusalém, Belém e Nazaré, mas em 1234 a cidade foi reconquistada pelos turcos.
A sétima cruzada que ocorreu entre os anos 1248 e 1250 foi comandada pelo rei francês Luís IX e pretendia reconquistar Jerusalém, mas sem sucesso. E finalmente a oitava e última cruzada ocorrida no ano 1270 foi um total fracasso, pois os cristãos não criaram raízes entre a população e logo cederam.
Ao final das cruzadas houve muitas conseqüências, entre elas a morte de milhares de pessoas devido às lutas e pestes, grandes gastos dos nobres com as expedições, incentivo ao comércio entre Ocidente e Oriente, renascimento urbano através do comércio e desenvolvimento das navegações.
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