Monday, December 22, 2008

Mulheres gostam de homens canalhas

Me xinga, me chuta...
Aposente o lorde que há em você. Mulheres gostam mesmo é de homens maus:

Sabe qual o pior adjetivo que uma mulher pode usar para descrever um homem? Aposto que você vai chutar alguma coisa na linha "cafajeste", "infiel", "egoísta" ou "insensível". Tsc, tsc, tsc. Meu caro, se você arriscou nesse gênero, lamento avisar, mas não tem a menor idéia do que é a alma feminina. Na verdade, a palavrinha cruel e humilhante que podemos empregar parece até inofensiva à primeira vista. Não é à toa que ela vem no diminutivo. Tá bom, chega de mistério, vou logo abrir o jogo. Para o seu espanto e reconhecimento, o maior vilão de todos é o insosso, nada motivante e totalmente sem sex appeal sujeito "bonzinho"! Se alguma mulher já o classificou assim pode começar a ficar desesperado. É inadmissível. Ou melhor, só pode ser entendido se a pessoa que o qualificou desse modo for aquela sua tia-avó que mora em Taquaritinga e não o vê desde o seu aniversário de 4 anos.
Homem "bonzinho" é um carma. Chato, pegajoso, faz tudo, absolutamente tudo, para agradar à mulher amada. Ele é pontual, detesta tomar uma cervejinha com os amigos e só quer saber de futebol em Copa do Mundo. Vive pedindo a opinião da namorada (ou mulher, no caso de alguma louca ter caído na dele) e nem sob ameaça de tortura seria capaz de contrariá-la.

Canja de Galinha
Com o homem "bonzinho" tudo é morno. Tá certo que nunca há brigas, mas com isso perdem-se as inflamadas reconciliações. A mulher jamais se sente sexualmente tímida na frente do fulano, porque ele é incapaz de sugerir algo mais ousado. E pobre da moça se tentar variar um pouco. O modorrento vai ficar com cara de ponto de interrogação e o olhar apavorado de quem nem imagina o que fazer.
Ele repara na lingerie feminina (mas é gentil demais para arrancá-la a dentadas), diz sempre que a mulher está bonita (nunca gostosa) e sabe cozinhar. O problema é que quando vai para o fogão oprato principal dificilmente será afrodisíaco. O cara é chegado mesmo numa boa canja de galinha, cuja receita é herança da avó (argh!). Aliás, lembra-se das três características da água que você aprendeu no primário - incolor, insípida e inodora? Bingo! Elas são perfeitas também para sintetizar o "bonzinho".
Tive um namorado assim e no começo, admito, achei delicioso ter alguém que se importasse tanto comigo e adorasse me paparicar. Semanas depois... Ai, que pasmaceira! Maldosamente apelidei o dito cujo de teddy bear. Caiu como uma luva: ele era fofo, bom de apertar, porém chocho, sem vida.
Antes que alguém venha me acusar de injusta ou masoquista, vou logo adiantando que divido essa "alergia" com outras mulheres. Numa enquete informal entre minhas amigas, o "bonzinho" ganhou quase por unanimidade o título do "sujeito-que-não-queremos-por-perto-nem-num-dia-de-chuva" (mesmo que ele tenha uma sombrinha para nos proteger, porque esse tipo é muuuuito prevenido).
Falta alguma coisa para convencê-lo? Vamos para o argumento final. Pegue um disco antigo da Ella Fitzgerald e ouça a mulher cantando Treat Me Rough, dos irmãos Gershwin. Eles, que sabiam tudo dos desejos femininos, escreveram e musicaram os seguintes versos: "Treat me rough / Muss my hair / Don't you dare to handle / Me with care / I'm not an innocent child, baby..." Ou, numa tradução livre, "Seja duro comigo / Despenteie meu cabelo / Não ouse me tratar com cuidado / Eu não sou uma crianca inocente, baby..." Precisa mais?

Reportagem extraída da revista VIP Exame Edição 175, Ano 18, N°11, Novembro/1999, página 206.
Por Helena Carvalho

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