Monday, May 14, 2012

BIOGRAFIA DE MONTEIRO LOBATO- RESUMO


Muitos conhecem Monteiro Lobato, um dos escritores brasileiros mais importantes do século XX, o qual é conhecido até hoje, através de suas obras que ficaram eternizadas na literatura brasileira. Mas poucos conhecem sua trajetória, por isso vamos contar um pouco para vocês. José Bento Renato Monteiro Lobato nasceu no dia 18 de abril de 1882 na cidade de Taubaté em São Paulo. 

Ele foi criado em um sítio e quando criança antes mesmo de entrar na escola sua mãe, Olímpia Augusta Lobato, seguida por um professor participar, ensinou-lhe a ler. Mais tarde aos 7 anos, Monteiro Lobato entrou em um colégio, foi nessa idade que ele descobriu a imensa biblioteca de seu avô materno, o Visconde de Tremembé, devorando os livros infantis em língua portuguesa. 

Já mostrando seu talento para a escrita, em seus primeiros anos de estudante ele já escrevia pequenos contos para os jornaizinhos das escolas, onde estudou. Quando tinha 11 anos, ele recebeu como herança antecipada, uma bengala de seu pai, que trazia gravada no castão suas iniciais J.B.M.L (José Bento Marcondes Lobato), para utilizá-la, Monteiro Lobato mudou seu nome de José Renato para José Bento. 


No ano de 1896 ele foi para São Paulo, com o intuito de estudar na cidade, mas ao prestar os exames para o curso preparatório ele foi reprovado e então retornou para sua cidade natal. Voltando à sua antiga escola, o Colégio Paulista, Monteiro Lobato continuou se dedicando à escrita, fazendo suas primeiras incursões literárias como colaborador dos jornaizinhos Pátria, H2S e O Guarany, onde usava o pseudônimo Josben e Nhô Dito.

Nesse meio tempo ele lia sem parar e colecionava textos e recortes que o interessavam. No ano seguinte ele prestou novamente os exames para o curso preparatório e foi aprovado e assim foi viver em São Paulo, estudando no Instituto Ciências e Letras. Em 1898 o pai de Monteiro Lobato teve uma congestão pulmonar e faleceu, um ano depois, sua mãe sofrendo de uma profunda depressão veio a falecer também. 

Nesse meio tempo Monteiro Lobato seguia suas tendências literárias e participava pela primeira vez das sessões do Grêmio Literário Álvares de Azevedo, na instituição onde estudava e também tendo um grande talento para o desenho, tornou-se desenhista e caricaturista nessa época. 
 O sonho do garoto de então 17 anos era entrar para a Escola de Belas-Artes, mas seu avô que esperava que ele se tornasse seu sucessor na administração de seus negócios, persuadiu-o a entrar na Faculdade do Largo de São Francisco para cursar Direito. 

Apesar disso, Monteiro Lobato não desistiu de seu talento para escrever e continuou colaborando em diversas publicações estudantis e fundou juntamente de seus colegas de turma, a Arcádia Acadêmica, escrevendo um discurso em sua sessão inaugural, intitulado Ontem e Hoje. 
 Nessa época o jovem era elogiado por todos como um comentarista original e dono de um senso fino e sutil, de um “espírito á francesa” e de um “humor inglês” imbatível, levando essas características por toda sua vida. Após dois anos, Monteiro Lobato, foi eleito o presidente da Arcádia Acadêmica e colaborou com o jornal Onde de Agosto, escrevendo artigos sobre teatro. Foi nesse mesmo jornal que ele publicou seu texto Gens Ennuyex, vencedor de um concurso de contos. 
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Através de seus estudos sobre teatro ele fundou junto com Ricardo Gonçalves, Cândido Negreiros, Godofredo Rangel, Raul de Freitas,Tito Lívio Brasil, Lino Moreira e José Antônio Nogueira o grupo O Cenáculo. Um dos diferenciais de Monteiro Lobato é que ele sempre defendia suas idéias, dizendo o que pensava, sem se importar de agradar os outros, lutando contra tudo e todos não importando quais fossem as conseqüências. 
 O jovem escritor formou-se em Direito no ano de 1904 e retornou a Taubaté. No ano seguinte ele passou a ocupar provisoriamente a promotoria de Taubaté, onde conheceu Maria Pureza da Natividade, com que se casou em 1908 e teve quatro filhos (Marta, Edgar, Guilherme e Rute). Nesse meio tempo ele havia sido nomeado promotor público em Areias. Cansado da vida campestre Monteiro Lobato decidiu associar-se a um negócio de estradas de ferro em 1910. 

Mas mesmo tendo seu trabalho, ele não parou de escrever, publicando artigos em jornais e revistas, onde também enviava suas caricaturas e desenhos. Mais tarde ele também passou a traduzir artigos do Weeklty Times para o jornal O Estado de São Paulo e obras da literatura universal, também enviando artigos para um jornal de Caçapava. 

Dessa forma ele se sentia satisfeito, pois além de estar prosperando com seus negócios ele fazia o que gostava. Em 1911, o avô de Lobato faleceu, assim ele se mudou com toda sua família para a Fazenda Buquira, a qual herdou de seu avô. Então ele se voltou para as atividades da fazenda, dedicando-se à modernização da lavoura e à criação. 

Com os negócios prosperando, Monteiro Lobato decidiu abrir um externato em Taubaté, deixando aos cuidados de seu cunhado. A carreira literária de Monteiro Lobado somente começou a engrenar em 1914, quando ele indignado com a ação dos caboclos que praticavam queimadas em sua fazenda, ele escreveu uma carta intitulada Velha Praga e enviou-a para a seção "Queixas e Reclamações" do Jornal O Estado De São Paulo, o qual percebendo o valor daquela carta, publicou-a fora da seção destinada aos leitores. A carta causou tanta polêmica que fez com que Lobato escrevesse outros artigos como Urupês, que se tornaria seu primeiro livro, contendo um de seus mais famosos personagens, o Jeca Tatu. 

Escute essa raridade, última entrevista de Monteiro Lobato em 3 de Julho de 1948, 2 dias antes de sua morte:


 Esse personagem era um grande preguiçoso que ficava deitado o dia todo, sem vontade alguma de trabalhar, diferente dos homens do campo e índios idealizados pela literatura romântica da época. Assim o personagem fazia uma crítica ao atraso e a miséria que representava o campo no Brasil, por isso causou tanta polêmica. 

 Decidindo pela carreira literária em 1917, Lobato vendeu sua fazenda para morar na capital, onde criou a Editora Monteiro Lobato e mais tarde a Editora Nacional e a Editora Brasiliense, onde também abria espaço para novos talentos. Tomando o gosto por escrever livros, Lobato se destacou no gênero conto, escrevendo livros que são conhecidos até os dias de hoje, como as histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo, a qual escreveu no ano de 1939, criando personagens inesquecíveis como a boneca Emília, Dona Benta, Pedrinho Tia Anastácia, Narizinho, entre tantos outros.

 Essas histórias misturam realidade e fantasia usando uma linguagem mais informal e acessível, fazendo um grande sucesso em especial o público infantil. Por fim em 5 de julho de 1948, Monteiro Lobato, um dos maiores escritores da literatura brasileira, sofreu um espasmo vascular enquanto dormia e faleceu.


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