Foi anunciado nesta segunda-feira que a partir de 2014 será oferecida a vacina contra o HPV gratuita para meninas de 10 e 11 anos. A medida foi decidida para evitar casos de câncer do colo do útero, sendo que o HPV é uma das maiores causas.
O HPV é um grupo de vírus que tem cerca de 200 variações e pode ser transmitido através do ato sexual, podendo afetar as células da pele e mucosas. Ele pode ocasionar lesões benignas como verrugas, mas também pode causar câncer do cólo do útero, o qual tem se tornado cada vez mais comum no Brasil e no mundo.
Estima-se que no mundo hajam mais de 290 mulheres portadoras do HPV, sendo que no Brasil há cerca de 685 mil pessoas são infectadas a cada ano e 4.800 mulheres desenvolvem e morrem devido ao câncer de colo de útero.
O câncer do colo do útero é uma das doenças que mais causa a morte de mulheres no país, sendo o Ministério da Saúde estima que neste ano ocorram 17,5 mil novos casos de câncer do colo do útero. Por enquanto a vacina contra o HPV será destinada a meninas de 10 e 11 anos, pois nessa idade há maior probabilidade da garota ainda não ter iniciado sua vida sexual.
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E também o risco de contrair o HPV aumenta se a garota começa a vida sexual precocemente, outros fatores que também contribuem são múltiplos parceiros ou parceiros com vida sexual promiscua, baixa imunidade, uso de cigarro e más condições de higiene.
O governo espera atingir 80% das mais de 3,3 milhões de pessoas que é o público alvo. A vacina será produzida pelo Instituto Butantã em parceria com a empresa Merck que possui a tecnologia, protegendo as meninas contra quatro subtipos de HPV, 6, 11, 16, e 18, sendo que os dois últimos são os que ocasionam maior risco de desenvolver o câncer.
Apesar da vacina ser destinada primeiramente às meninas de 10 e 11 anos, posteriormente as mulheres também poderão tomá-las. A vacina será dada em três doses, sendo que a segunda deve ser tomada dois meses após a primeira, e a terceira seis meses após a segunda.
No entanto apesar da vacina o uso do preservativo é essencial e também o exame do papanicolau, afinal sabemos que outras doenças sexualmente transmissíveis podem ser contraídas, além do que as jovens podem contrair outros tipos de HPV, os quais não estão contidos na vacina.
É esperado que até 2018 seja transferida a tecnologia e o Instituto Butantã esteja apto para produzir a vacina por conta própria. O Ministérios da Saúde ainda promete informar à população sobre a vacina, assim como conscientizar os pais e as adolescentes da importância da mesma.
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