Wednesday, July 3, 2013

EVO MORALES, SNOWDEN, A UE E O GOVERNO DE PORTUGAL AO SERVIÇO DO TIO SAM




O presidente da Bolívia, Evo Morales, viu ontem a recusa de países europeus ao sobrevoo e escala técnica do avião em que se fazia transportar desde a Rússia. O pretexto para tal recusa foi o receio de que no avião presidencial boliviano viajasse Edward Snodew – o agente da CIA que se rebelou e tem tornado público a ganância norte-americana de dominar o mundo e espiar, controlar e espezinhar tudo e todos neste planeta.

O governo de Portugal, Passos Coelho, mostrou uma vez mais quanto está alinhado e subserviente aos desígnios e interesses dos EUA. Violou princípios básicos assistênciais e convénios internacionais que regem a segurança aérea ao não permitir a escala técnica do avião presidencial boliviano antes de atravessar o Atlântico rumo à América Latina. Criou um incidente diplomático com a Bolívia que poderá arrastar outros países latino-americanos, mas nada disso importa desde que sirva o Tio Sam e os seus cartéis fascizantes que cada vez mais dominam o planeta e os seus povos.

Sobre a França “socialista”, que teve o mesmo comportamento de Portugal… O presidente francês, para além de ser comparável a Passos Coelho ou a Cavaco Silva, tem a particularidade nociva de ser mais um falsário do socialismo democrático com que acenou aos seus conterrâneos para ser eleito. Mais uma burla ao modo de Passos Coelho. Muitas promessas nenhum cumprimento das mesmas. Mas Evo Morales já voa para a Bolívia  O governo de direita de Espanha foi quem o assistiu, contrariando a tendência da União Europeia de obediência ao terrorista regime planetário dos EUA e seus associados. (Redação PG)

Portugal recusa aterragem a avião de Morales por suspeitas sobre Snowden

Portugal recusou hoje a aterragem para reabastecimento do avião do Presidente da Bolívia, Evo Morales, por "suspeitas infundadas" de que Edward Snowden, um informático que fugiu dos Estados Unidos, estava a bordo, afirmou o chefe da diplomacia boliviano.

Numa conferência de imprensa, David Choquehuanca, citado pela agência noticiosa Efe, negou que Snowden estivesse a bordo e referiu que o avião de Morales, que regressava de Moscovo, pôde aterrar em Viena.

O ministro afirmou que se cometeu "uma injustiça com suspeitas infundadas".

EO // ARA

Bolívia pede reunião urgente da Unasur por “grave ofensa” a Morales

O Governo boliviano reuniu-se de urgência e considera igualmente necessária uma reunião urgente da União de Nações do Sul (Unasur), depois de Portugal negar a aterragem do Presidente Evo Morales por suspeitar que Edward Snowden se encontrava a bordo.

“Tal como as coisas se encontram, o Presidente nao tem maniera de regressar, mas esperamos encontrar uma rota alternativa até amanhã [hoje]. Mas até ao momento, o Presidente está retido em Viena”, disse à agência noticiosa Efe a ministra boliviana da Comunicação, Amanda Dávila.

A ministra afirmou que “é necessária” uma reunião da Unasur para abordar esta “grave ofensa”. Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Choquehuanca, declarou que quer explicações de Portugal.

O ministro disse que antes da aterragem prevista para Lisboa, as autoridades comunicaram ao avião de Morales que a autorização era anulada.

Foi preparado um plano de voo alternativo para que o avião fosse para Espanha e foi autorizado o seu reabastecimento nas Canárias, mas pouco depois foi recebida uma notificação de França proibindo o aparelho de sobrevoar o seu território, explicou.

"Disseram que era por questões técnicas, mas depois de algumas comunicações com algumas autoridades, informaram-nos que havia suspeitas infundadas de que o senhor Snowden [ex-consultor da CIA acusado de espionagem pelos EUA] estaria a bordo", indicou.

"Não sabemos de onde veio essa informação mal intencionada, essa enorme mentira. Estamos a averiguar. Portugal e a França têm de nos dar explicações", acrescentou o ministro.

A Lusa tentou contactar um assessor do Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre este assunto, mas não obteve qualquer resposta.

O avião de Morales seguiu entretanto para Viena, onde já aterrou, confirmou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros austríaco.

RCR(EO) // ARA

*Título e opinião PG

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