Tuesday, July 2, 2013

O INIMIGO NORTE-AMERICANO




Os dirigentes da União Europeia e do mundo mostraram-se muito surpreendidos e indignados com as divulgações de Edward Snowden acerca da espionagem norte-americana por todo o mundo num programa que dá pelo nome de PRISM. Afinal todos sabiam que isso mesmo estava a acontecer. Há muito que as denuncias sobre aquelas práticas de espionagem norte-americana vêm sendo denunciadas. Com esta ou outra denominação mas as denúncias têm sido um facto. Não tanto em pormenor e documentadas como por Snowden mas nada justifica os dirigentes da UE fazerem-se de ignorantes, de surpreendidos e indignados. Está mais que provado que as políticas norte-americanas rumam desde há muito para a paranóia do desconfiar de tudo e de todos, incluindo dos “países amigos”, da UE. 

O talibanismo de dominar tudo e todos dos dirigentes norte-americanos apossou-se também de Barack Obama, o imerecido Nobel da Paz – como Kissinger e outros. Obama, como quase todos os políticos a nível mundial, não vai além de um grande mentiroso. Um ator que tudo fez e faz para se manter no poder a servir as corporações que exploram e ditam as políticas e ações que melhor lhes permita dominar os povos e o mundo. Quase todo o mundo está perante o poderio do inimigo norte-americano. Até ao dia em que aquele império caia, como todos os outros a que a história faz referência. (Redação PG)

EUA/Escutas: Presidente francês exige posição comum da UE

O Presidente francês, François Hollande, declarou hoje ser necessária "uma posição coordenada, comum" da União Europeia em relação às suspeitas de espionagem dos Estados Unidos.

"É preciso que a Europa tenha uma posição coordenada, comum, em relação às exigências a apresentar e às explicações a pedir", declarou Hollande, ao lado da homóloga lituana, Dalia Grybauskaite.

O chefe de Estado francês foi o primeiro líder a falar, na segunda-feira, sobre as suspeitas de espionagem norte-americana, ao declarar que "a França não pode aceitar este tipo de comportamento", que deve terminar "imediatamente".

Na Alemanha, um porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, considerou que os Estados Unidos devem "restabelecer a confiança" na relação com os aliados europeus.
A Bélgica, Grécia e Áustria exigiram explicações a Washington. Itália declarou "estar confiante".

Sobre os pedidos de asilo político que o ex-consultor dos serviços secretos norte-americanos (CIA) Edward Snowden, na origem da divulgação destas alegadas operações de espionagem, dirigiu a duas dezenas de países, incluindo a França - de acordo com o 'site' WikiLeaks -, François Hollande afirmou que Paris "não tinha ainda recebido qualquer pedido de Snowden".

"Sei apenas pela imprensa que dirigiu esse pedido a 25 países, mas, até agora, nada oficialmente do lado de Snowden [chegou] a França", sublinhou. "Portanto, não tenho mais comentários a fazer", acrescentou.

De acordo com o WikiLeaks, Edward Snowden apresentou pedidos de asilo em 21 países, incluindo a Rússia, Islândia, Equador, Cuba, Venezuela, Brasil, Índia, China, Alemanha e França.

O porta-voz do Kremlin precisou que Snowden tinha renunciado a pedir asilo político à Rússia, "ao tomar conhecimento ontem (segunda-feira) da posição de [o Presidente russo Vladimir] Putin sobre as condições necessárias para ficar" no país.

O Presidente da Rússia prometeu asilo político a Snowden, mas impôs uma condição: “ele deve pôr fim à atividade que visa prejudicar os nossos parceiros norte-americanos, por muito estranho que isso possa parecer da minha boca".

O porta-voz do Kremlin excluiu a possibilidade de extradição de Snowden para os Estados Unidos, por neste país existir pena de morte.

"A entrega de Snowden para um país como os Estados Unidos, onde se emprega a pena de morte, é impossível", frisou Peskov.

"A Rússia nunca extraditou ninguém, nem extradita e nem irá extraditar. Tiveram lugar trocas, mas não extradições", precisou.

Edward Snowden encontra-se na zona de trânsito do aeroporto Sheremetievo, de Moscovo, desde o passado dia 23 de junho, esperando que algum país o receba.

EJ (JM) // MLL

EUA/Escutas: Barroso espera “clareza” de Washington sobre notícias perturbadoras

O presidente da Comissão Europeia disse hoje, em Estrasburgo, esperar “clareza e transparência” dos “parceiros norte-americanos” relativamente às notícias sobre alegada espionagem às instituições da União Europeia, que classificou como muito “perturbadoras”.

José Manuel Durão Barroso, que participa num debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, sobre os resultados do Conselho Europeu da semana passada, iniciou a sua intervenção apontando que, antes de falar da matéria em agenda, queria “abordar imediatamente” as “notícias dos últimos dias sobre atividades norte-americanas na UE e em Estados-membros”, face à sua “importância política”.

“Se estas notícias se revelarem verdadeiras, seria muito perturbador e levantaria preocupações graves e muito importantes”, disse, acrescentando que foi, por isso mesmo, que Bruxelas pediu a Washington uma “imediata clarificação do assunto”.

Durão Barroso indicou que Bruxelas tem estado em contacto com os autoridades norte-americanas em busca de esclarecimentos, designadamente através do Serviço Europeu de Ação Externa, o corpo diplomático da UE, tendo a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, discutido já o assunto com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

“A Comissão espera clareza e transparência dos parceiros e aliados, e é isso que esperamos dos nossos parceiros norte-americanos”, concluiu Durão Barroso.

A alegada espionagem dos EUA à UE acabou por se introduzir no debate, com o líder parlamentar dos Liberais, a terceira maior família política da assembleia, a defender, na sua intervenção, que a Europa deve ter uma resposta “firme”, e a mesma deve partir do Parlamento, pois as declarações, até ao momento, da Comissão e do presidente do Conselho foram “fracas”.

“Só têm dito que estamos preocupados. Nós não estamos preocupados; nós estamos zangados, indignados”, exclamou Guy Verhofstdadt.

No início da sessão plenária que decorre em Estrasburgo desde segunda-feira, o presidente do Parlamento Europeu, que já reagira no fim-de-semana às notícias de escutas, reafirmou o seu “choque” caso a veracidade das revelações se confirmem e para as graves consequências que podem ter nas relações entre Estados Unidos e União Europeia.

O assunto deverá ser debatido na quarta-feira à tarde, pois já estava agendado um debate sobre as implicações do programa de vigilância norte-americano “PRISM” para a privacidade dos cidadãos europeus, que agora será certamente dominado pelas revelações de alegada espionagem à UE.

ACC // JPF

EUA/escutas: Snowden não pediu asilo político à Venezuela – Maduro

O Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, declarou hoje que não tenciona levar consigo o ex-colaborador da CIA Edward Snowden e que este não pediu asilo político nesse país.

"Por enquanto, ele não pediu asilo político na Venezuela", disse Maduro aos jornalistas.

O dirigente venezuelano encontra-se em Moscovo para participar numa cimeira de presidentes do Fórum de Países Exportadores de Gás Natural.

Quando lhe perguntaram se tenciona levar consigo Snowden para a Venezuela, Maduro respondeu com um sorriso: "Levaremos numerosos acordos respeitantes a investimentos no campo do gás".

Porém, frisou que o ex-agente deve ser defendido pelo direito internacional e humanitário.

"Ele não matou ninguém, não colocou bombas. O que ele fez: disse uma grande verdade para impedir a guerra. Snowden merece a defesa do direito internacional e humanitário", concluiu.

Países como a Finlândia e a Polónia já vieram dizer que não irão conceder asilo político a Snowden, mas por razões diferentes. Varsóvia diz que recebeu o pedido de asilo, mas já informou que a resposta vai ser negativa.

"Recebi uma carta que não corresponde aos critérios formais de um pedido de refúgio, mas mesmo que correspondesse, eu daria uma opinião negativa", escreveu no Twitter Radoslav Sikorsky, ministro polaco dos negócios estrangeiros.

Helsínquia anunciou que o ex-agente da CIA não pode pedir asilo político na Finlândia, pois não se encontra no seu território.

Também a Noruega anunciou que recusará um pedido de asilo de Snowden, por este ter sido apresentado num outro país.

“De acordo com as leis norueguesas não se pode pedir asilo a partir do estrangeiro. O procedimento normal estabelece que o pedido de asilo para Edward Snowden será recusado porque estava na Rússia quando enviou o pedido”, afirmou o secretário de Estado da Justiça, Pal Lonseth.

Por seu turno, o Presidente do Equador, Rafael Correa, declarou, numa entrevista publicada hoje no jornal britânico The Guardina, que o seu país não está a considerar o pedido de asilo de Snowden e que nunca foi sua intenção facilitar a sua saída de Hong Kong.

A declaração de Rafael Correa coincide com a divulgação de uma carta de Snowden, na qual este agradece ao Governo do Equador pela coragem na defesa do seu caso.

Correa afirmou que o caso Snowden é responsabilidade da Rússia e que o ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança norte-americana teria que chegar a território equatoriano antes do seu país analisar o pedido de asilo.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, prometeu asilo político a Snowden, mas impôs uma condição: ele deve pôr fim à sua atividade que visa prejudicar os nossos parceiros americanos, por muito estranho que isso possa parecer da minha boca".

Hoje, o Kremlin anunciou que exclui a possibilidade de extradição de Snowden para os Estados Unidos, por nesse país "existir a pena de morte".

Na Rússia, a pena de morte não foi abolida, mas, em 1996, o então Presidente Boris Ieltsin assinou uma moratória, que continua em vigor.

JM // MLL

Conselho Europeu saúda promessa de esclarecimento dos EUA, mas mantém preocupação quanto às escutas

O presidente do Conselho Europeu saudou hoje a decisão da administração norte-americana de dar aos seus aliados no continente “todas as informações” sobre as suspeitas de espionagem, mas manteve a sua “grande preocupação” com o caso.

“O presidente do Conselho Europeu está muito preocupado com as informações da imprensa sobre as alegações de uma vigilância americana das delegações da União Europeia no estrangeiro e em Bruxelas”, declarou hoje um porta-voz de Herman Van Rompuy.

A União Europeia está a “examinar essas alegações e está em contacto com as autoridades americanas”.

A Europa “exige uma clarificação completa e urgente por parte dos Estados Unidos no que respeita a estas alegações”, acrescentou o porta-voz.

A revista Der Spiegel noticiou no domingo passado que a Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana espia há vários anos edifícios oficiais da UE nos Estados Unidos e em Bruxelas.

PJA // ARA

Snowden pediu asilo político à Rússia - oficial

O ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, Edward Snowden, pediu hoje asilo político à Rússia, anunciou fonte oficial citada pela France Presse.

Snowden, acusado pelos Estados Unidos de espionagem por ter divulgado a existência de programas de vigilância, tinha-se reunido hoje no aeroporto de Moscovo com diplomatas russos para entregar uma lista de 15 países aos quais podia solicitar asilo político.

Washington continua a exigir a sua extradição.

APN // JMR

*Agência Lusa – Título PG

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