Embriologia é a parte da ciência que estuda o desenvolvimento dos embriões de animais. Trabalhando a formação de órgãos e sistemas de um organismo a partir de uma célula. Isso faz parte da biologia do desenvolvimento. Esta envolve vários aspectos como a multiplicação de células, através de mitoses contínuas; crescimento, devido ao aumento do número de células e as modificações em seus volumes e a diferenciação ou especialização celular, com modificações no tamanho e forma das células que formam os tecidos.
O desenvolvimento inicia-se pela relação sexual que através da fecundação gera o zigoto ou célula-ovo (união dos gametas: masculino e feminino) que passará por três fases, uma posterior a outra: mórula, blástula e gástrula.
A fecundação ocorre quando um espermatozóide fecunda um óvulo maduro e forma uma célula-ovo que se divide por mitoses sucessivas (clivagem) em 2, 4, 8, 16, 32... células. No quarto dia após a fecundação começa a primeira fase mórula em que o embrião adquire uma forma esférica, sendo formado por uma massa de células, assemelhando-se a uma amora. Apesar das contínuas divisões celulares, o embrião mantém o mesmo volume do ovo. Na fase blástula as células começam a organizar-se em dois grupos celulares: botão embrionário – um conjunto de células que originará o novo ser; trofoblasto – uma camada superficial envolvente da cavidade (blastocélio). Esta estrutura chama-se blastocisto, que ainda é envolvido pela zona pelúcida. No sexto dia, o blastocisto eclode para o exterior da zona pelúcida – fora do invólucro, as células do trofoblasto aderem à zona superficial do endométrio, assim iniciando-se a nidação. Durante a fase gástrula forma-se os folhetos germinativos – ectoderme, mesoderme e endoderme.
O período entre a quarta e a oitava é chamado de período embrionário, pois nessas cinco semanas ocorre o desenvolvimento rápido do embrião, sendo todos os seus principais órgãos e sistemas do corpo formados nesse período.
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Na quarta semana já aparece o tubo neural que é aberto nos neuroporos caudal e rostral. Os arcos bronquiais já são visíveis com 24 dias onde também se formam o primeiro mandibular e maxilar e a base da língua (hóide). Também ocorre o dobramento do coração na saliência ventral e já possuindo batimentos. O desenvolvimento continua com o gradativo desaparecimento da cauda, brotamento de membros superiores, fossetas ósseas, aumento dos arcos bronquiais e rudimentos de órgãos cardiovasculares.
Na quinta semana ocorre o crescimento da cabeça, onde há o crescimento rápido do encéfalo e saliências faciais. Começa também o surgimento do pescoço e crescimento de membros superiores e inferiores.
Na sexta semana surgem os cotovelos e placa das mãos com raios digitais, olhos e pescoço evidentes e resposta ao toque.
Na sétima semana surgem chanfraduras entre os dedos, redução e comunicação do intestino e saco vitelínico e forma-se uma hérnia umbilical.
Na oitava semana os dedos separam-se ainda com membranas, o pé se encontra em forma de leque com chanfraduras, cauda já se encontra curta, mãos e pés aproximam-se do ventre, já possui características humanas. A cabeça nessa fase representa metade do corpo.
A partir da nona semana inicia-se o período fetal. Ele caracteriza-se por um rápido crescimento corporal e pela diferenciação dos sistemas do feto. Também ocorre a diminuição do crescimento da cabeça em comparação com o resto do corpo. Aparecem lanugem e o cabelo, e a pele é recoberta pela vemix caseosa no início da vigésima semana. As pálpebras se encontram fechadas durante a maior parte do período fetal, mas por volta da vigésima sexta semana volta a reabrir-se. Até esse momento o feto é incapaz de sobreviver fora do útero, principalmente por causa da imaturidade do seu sistema respiratório.
Até a trigésima semana aproximadamente, o feto tem uma aparência avermelhada e enrugada devido à delgadez de sua pele e à ausência relativa de gordura subcutânea. Esta desenvolve-se durante as últimas seis a oito semanas, dando ao feto uma aparência lisa e rechonchuda. Na última fase do desenvolvimento do feto ocorre a formação dos tecidos e a preparação dos sistemas envolvidos na transição do meio intra-uterino para o extra-uterino, particularmente o sistema respiratório. Os fetos prematuros nascidos entre a vigésima sexta e a trigésima sexta semana costumam sobreviver.
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