A meiose é o processo de divisão celular que se inicia quando a célula está em fase de reprodução. A partir deste momento, haverá uma mistura de genes entre as duas células, assim uma célula terá seu cromossomo reduzido pela metade. Esse processo é muito comum entre os organismos vivos como plantas, animais e até alguns tipos de fungos.
Nos organismos que se reproduzem de forma sexuada, ou seja, que há a união de dois gametas, a formação destes ocorre por meio da meiose. Nos vegetais, a meiose é responsável pela formação de esporos. A meiose permite a recombinação gênica de forma tão impressionante que cada célula diplóide é capaz de formar quatro células haplóides geneticamente diferentes entre si. Esse fato explica a biodiversidade de espécies de reprodução sexuada.
Os estudos de três citologistas foram extremamente importantes para que fosse possível a descrição da meiose e merecem referência especial nos estudos pioneiros sobre os cromossomos na meiose: os biólogos alemães Theodor Heinrich Boveri (1849-1922) e Oscar Wilhelm August Hertwig (1849-1922) e o biólogo belga Edouard van Beneden (1846-1912). Eles descobriram que, durante a formação dos gametas, ocorrem duas divisões celulares sucessivas, após uma única duplicação cromossômica, de modo que as quatro células-filhas formadas ficam com a metade do número de cromossomos existentes na célula original.
A meiose é dividida em muitas fases, todas fundamentais para que o processo ocorra perfeitamente.
Divisão I – onde ocorre a divisão celular, assim separando-se os cromossomos homólogos.
Prófase I – tem grande duração, devido aos fenômenos que nela ocorrem. Os cromossomos - já com as duas cromátides - tornam-se mais condensados. Ocorre o emparelhamento dos cromossomos homólogos (sinapse) formando um bivalente, díada cromossómica ou tétrada cromatídica. Durante a Sinapse, podem surgir pontos de cruzamento (quiasmas) entre as cromátides dos cromossomos homólogos, podendo ocorrer a quebra das cromátides, levando a trocas de segmentos dos bivalentes (crossing-over). Assim desaparece o nucléolo e a carioteca. Os centríolos migram para os pólos da célula e forma-se o fuso acromático.
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Metáfase I – nessa fase os bivalentes ligam-se aos microtúbulos do fuso acromático pelo centrômero, com os quiasmas no plano equatorial e os centríolos voltados para os pólos opostos.
Anáfase I – os emparelhamentos dos cromossomos realizados na prófase são desfeitos. Ocorre disjunção dos pares homólogos duplicados. Cada cromossomo, com suas cromátides-irmãs, migram para os pólos.
Telófase I – ocorre a descondensação do nucléolo e formação de dois núcleos com metade do número de cromossomos.
Citosene – pode não ocorrer, forma duas células haplóides.
Intercinese – também pode não ocorrer, é uma fase onde a célula não realiza atividades de divisão celular.
Divisão II – ocorre a separação das cromátides.
Prófase II – é mais rápida que a prófase I. Nela os cromossomos tornam-se mais condensados, desaparece a membrana nuclear e forma-se o fuso acromático.
Metáfase II – nessa fase os cromossomos ficam dispostos com os centrômeros no plano "equatorial" e com as cromátides voltadas cada uma para seu pólo, ligadas às fibras do fuso.
Anáfase II – os centrômeros quebram-se, assim separando-se as duas cromátides, que passam a formar dois cromossomos independentes e ascendem para os pólos opostos.
Telófase II – quando atingem os pólos, os cromossomos descondensam-se e forma-se de novo um núcleo em torno de cada conjunto, formando quatro células haplóides.
Citocinese – nessa última fase se forma quatro células-filhas haplóides, chamadas de tétrades, contendo cada uma apenas um cromossomo de cada par de homólogos.
O processo de meiose é muito importante para a manutenção da vida dos seres vivos pluricelures, pois através dela são formadas as células de reprodução (gametas : espermatozóide e óvulo) que se unem para formar o zigoto ou célula-ovo. Dessa célula que os seres vivos pluricelulares são originados.
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