As aves são animais vertebrados que tem como característica principal e exclusiva a presença de penas. Outras características desse grupo são a ausência de dentes, serem endotérmicas – produzem calor próprio – e apresentarem um metabolismo elevado.
Além dessas características as aves possuem diversas adaptações para o vôo que estão relacionadas ao formato aerodinâmico e à redução do peso do corpo, elas também apresentam visão e audição bem desenvolvidas. Esses sentidos são essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o vôo. As imagens e vocalizações que as aves aprendem no início da vida, formam a base para os seus comportamentos sociais e reprodutivos.
O grupo das aves apresenta uma grande variedade de espécies com formas, tamanhos e hábitos distintos. Existem desde espécies com poucos centímetros de altura até espécies como, por exemplo, o avestruz que chega a mais de dois metros de altura. Mesmo a maioria das aves estando adaptadas ao vôo, há algumas exceções como o pingüim que não voa, mas pode nadar e mergulhar e o avestruz que pode caminhar e correr.
Já foram descritas aproximadamente 12 mil espécies de aves, podendo ser encontradas em todos os continentes. No Brasil, que é considerado o terceiro país com maior diversidade de avifauna foram registradas cerca de 1.800 espécies. Apesar do Brasil possuir uma grande variedade de aves, não possui uma ave símbolo do nosso país, houve uma divergência de opiniões entre o engenheiro Johann Dalgas Frisch que, na década de 1970, propôs o sabiá-laranjeira, uma das espécies com maior incidência no território nacional, sendo uma das aves que mais inspirou poetas e músicos da Música popular brasileira, e o saudoso naturalista Helmut Sick, que apontou a ararajuba, Helmut Sick, apontou a ararajuba (Guaruba guarouba) que, segundo aquele ornitólogo, é mais adequada por ser uma ave endêmica do Brasil e pelo seu colorido amarelo-gema e verde-bandeira.
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Mas infelizmente, o Brasil também é considerado o quarto país do mundo em número de espécies de aves ameaçadas. As estatísticas mostram que no mundo, uma em cada oito espécies de aves está ameaçada de extinção.
As principais atividades humanas responsáveis por essa situação são a poluição, o desmatamento, o aquecimento global e a caça predatória. O Cerrado – bioma típico brasileiro – é uma das regiões mais afetadas no Brasil, devido ao cultivo da soja. Outras causas da extinção são a disseminação de espécies invasoras e a monocultura – produção agrícola de apenas um único tipo de produto agrícola.
O Cerrado ocupa 21% de área brasileira e nele se encontram cerca de 935 espécies de aves, número que representa aproximadamente 10% do total de espécies existentes em todo o mundo. Grande parte das espécies ameaçadas vive em áreas agrícolas. E por causa do avanço das fronteiras agrícolas e do uso de novas tecnologias no meio rural 87% de todas as espécies de aves sofrem algum grau de ameaça. As aves não conseguem se adaptar a essas transformações ambientais.
No Brasil há 40 espécies de aves ameaçadas de extinção. Desde o ano de 1500, cerca de 153 aves brasileiras foram extintas, no final do século 20, 18 desapareceram. E desde o ano de 2000 a ararinha azul é considerada extinta da Caatinga brasileira. Grande parte das aves extintas tem como habitat a Mata Atlântica, local de grande ocorrência de espécies endêmicas do Brasil, ou seja, que só existem aqui.
As espécies de aves ameaçadas de extinção no Brasil está a Jacucaca, o Papagaio-de-cara-roxa, a Gaivota-de-rabo-preto, a Arara-Azul-Grande, a Ararinha-Azul, o Tiriba-Grande, o Rabo-espinho, o Beija-flor-de-costas-violeta, entre outras.
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Enquanto as pessoas não tomarem consciência de seus atos. Procurando formas sustentáveis de desenvolver seus empreendimentos, mais aves e outros animais em extinção vão continuar a desaparecer.
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