As aves de rapina são aves com características peculiares, como bicos recurvados e pontiagudos, garras fortes e visão de longo alcance. Essas características as tornam ágeis na captura de suas presas, sendo elas carnívoras se alimentam de grandes artrópodes, peixes, anfíbios, pequenos mamíferos e pequenas aves.
Cada espécie está adaptada para caçar um tipo de animal, ou certo grupo deles. As aves de rapina são, de acordo com os horários de seus hábitos, divididas em dois grupos: Falconiformes – aves com hábitos diurnos e Strigiformes – aves com hábitos noturnos.
A América latina é a região, onde se encontra a maior diversidade de aves de rapina no mundo. O Brasil sendo um país rico em biodiversidade, não se mostra diferente quando se trata de aves. Assim apresentando uma grande variedade de aves de rapina.
Dentre elas estão: a águia-pescadora, que é uma ave de grande porte, as fêmeas dessa espécie sendo maiores que os machos podem chegar até 63 cm de comprimento. Como seu nome já diz seu hábito alimentar principal é a captura de peixes. Elas possuem longas asas que podem chegar até a 1,70 m de envergadura. Ela costuma viver próxima a grandes rios, em áreas costeiras. No Brasil ela pode ser vista sobrevoando o riu Cuiabá e pescando em grandes baías da região sudoeste. Ela possui uma visão muito aguçada que a faz ser precisa na captura de peixes que estejam nadando próximos a superfície das águas.
Águia Pescadora ou Águia-Pesqueira |
Ela se reproduz no hemisfério norte, utilizando o Brasil para a migração no inverno. A fêmea cuida e alimenta os filhotes, enquanto o macho sai a procura de alimento. O ninho é construído com gravetos e galhos, essa espécie costuma postar de 1 a 4 ovos no período de março a junho. Os filhotes atingem a maturidade aos 3 anos de idade. Geralmente essa espécie vive solitária, voando alto ou pousada em árvores isoladas.
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Outra ave é a harpia, ou gavião-real, que é a maior águia encontrada no Brasil, as fêmeas podem atingir até 105 cm de comprimento e as asas podem chegar até a 2 m de envergadura. Com grande agilidade sobrevoando as copas das árvores a harpia captura suas presas rapidamente. Apesar do seu tamanho ela é muito discreta durante a caça, observando suas presas atentamente por longos períodos sem ser notada.
Entre suas presas estão os animais arbóreos – que vivem em árvores – como preguiças e primatas, terrestres como cachorros-do-mato, veados, quatis, tatus, e outros. Ela também captura outras aves, como seriemas, araras e cracídeos, ou répteis, inclusive grandes lagartos. A harpia costuma fazer seu ninho no alto das árvores, usando geralmente os primeiros galhos das árvores, assim podendo observar tudo ao seu redor. Ela faz o ninho com pilhas de galhos e posta até 2 ovos, em que somente um filhote sobrevive. Os filhotes atingem a maturidade em 2 ou 3 anos. A maior parte das harpias no Brasil está localizada na Amazônia, e em outras áreas que contém mata Atlântica. Mas devido à falta de habitats para a sobrevivência da espécie, ela está correndo risco de extinção.
A coruja jacurutu ou corujão é uma ave que tem cerca de 50 cm de comprimento e pode chegar a até 153 cm de envergadura. Essa espécie é a maior coruja do continente americano. Ela alimenta-se de pequenos mamíferos como filhotes de cutia, gatos e preás, porém não rejeita insetos como também pode caçar outras aves. Ela posta seus ovos em ninhos abandonados de outras aves, cavernas, penhascos ou mais raramente em capins. Ela posta 1 ou 2 ovos, quando atingem de 6 a 7 semanas os jovens já começam a dar seus primeiros vôos. O território é mantido pelo casal por vários anos. A coruja jacurutu costuma habitar as beiras das matas, capões e campos, normalmente próximos a água. Apesar do tamanho não é fácil encontrá-la durante o dia, ela esconde-se no meio das folhagens das árvores ou em ninhos abandonados. Como é um animal com hábitos noturnos, ela é mais escutada do que observada. Em seu habitat natural ela pode viver até os 13 anos de idade.
Além dessas espécies de aves de rapina, há muitas outras no Brasil como a águia cinzenta, o gavião pato, a suindara, o caracará, o gavião de penacho, entre outras.
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