RTP - Lusa
O ex-Presidente brasileiro Lula da Silva exortou na sexta-feira a esquerda da América Latina reunida no Fórum de São Paulo a aprofundar a democracia e a integração face aos esforços dos Estados Unidos de "dividir" a região.
"A história encarregou-se de provar que a democracia exercida a partir da participação das massas é a melhor fonte e a melhor via para que a esquerda chegue ao poder em qualquer país", afirmou Lula na abertura do Fórum.
O ex-Presidente brasileiro também defendeu um reforço dos esforços para se desenvolverem projetos de integração concretos além dos acordos de comércio livre e que se foquem em aspetos políticos, sociais, económicos e científicos, entre outros.
Perante cerca de 600 delegados de uma centena de partidos de esquerda da América Latina, Lula da Silva apontou o "incómodo" que os "governos progressistas" que surgem na região causam aos Estados Unidos ao constatar que este país e outras grandes potências "não aceitam a nova integração".
Essa integração, disse, é a Mercosur, a União das Nações Sul-americanas (Unasur) e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Lula apelou aos participantes no Fórum de São Paulo para darem continuidade aos esforços de integração e homenageou, na ocasião, o ex-Presidente venezuelano Hugo Chávez, falecido a 05 de março, ao salientar o papel importante que este líder teve neste âmbito.
Ao observar que o Brasil é a maior economia da região, o ex-Presidente considera que, por isso, o país "tem uma maior responsabilidade do que outros na consolidação do processo de integração da América Latina".
Na abertura do Fórum de São Paulo, que se prolonga até domingo, foi divulgada uma mensagem de vídeo da Presidente brasileira, Dilma Rousseff, na qual defendeu que foram os "partidos progressistas que formularam os projetos e as alternativas que estão a mudar" a América Latina.
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