Coque Mukuta – Voz da América
Emiliano Katumbela foi libertado. Diz que antiga comandante da polícia presenciou tortura. O jovem activista Emiliano Katumbela afirmou ter sido torturado pela polícia após ter sido preso há um mês atrás.
Katumbela foi preso no dia 27 de Maio aquando da realização de uma vigília pelos activistas Alvez Kamulingue e Isaías Cassule que desaparecerem há mais de um ano quando organizavam manifestações de ex-militares.
Katumbela, que as autoridades tencionavam levar a tribunal sobre tentativa de assassinato de um oficial da polícia, foi subitamente libertado na Terça-feira.
O Jovem manifestante diz ter sofrido muito espancamento e afirma ter visto a então comandante provincial de Luanda Elizabeth Ranque Frank a mandar o espancar.
Elizabeth Frank, conhecida por Bety, foi recentemente demitida do seu cargo.
“Eu vi a chefe Bety, ela é que mandou me bater quando eu estava deitado no carro” disse, afirmando ainda que “um agente tirou um canivete e me estava a picar na unha dizendo: ele vai dizer quem anda a lhe mandar” frisou.
Katumblea disse que devido ao espancamento sangrou do nariz e dos ouvidos.
Segundo Katumbela os agentes insistiam em saber se tinha sido a UNITA ou a CASA CE que estava por detrás das manifestações
A Voz da América tentou o contacto com a então comandante provincial de luanda mas sem sucesso.
Emiliano Catumbela foi surpreendido pelo Director da Cadeia de Viana, nesta Terça-feira, para ser informado que por gentiliza e pelo facto da sua mãe ser desempregada ia ser solto.
Antes Emiliano Catumbela, tinha sido alvo de assédios de emprego assim como dinheiro para abandonar os seus amigos assim como acusar a UNITA e a CASA-CE de estarem por detrás dos protestos.
Segundo Emiliano Catumbela, foram vários métodos coercivos utilizados para deixar de se manifestar.
“Os sipaios de Zé Eduardo no Katinton na DIPC e na quinta divisão fizeram gravações com várias câmeras”.
“Disseram olha, você já perdeu o emprego vamos te dar emprego e dinheiro eles eram da contra inteligência,” declarou.
No final da entrevista Emiliano Catombela disse que não vai desistir nem diminuir a sua participação no activismo cívico.
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