Carlos Tadeu
Em Portugal esteve vigente uma greve geral que não foi geral. Porque não foi geral não se diga que só Deus sabe porque o Diabo também saberá. Aliás, qualquer mortal ou entidade sobrenatural sabe que Portugal está repleto de escolhos de cobardes em ambos os géneros (masculinos e femininos). Até os miseráveis na penúria parece que só sabem olhar para o seu umbigo. Os sem-abrigo já ficam felizes desde que o seu canto debaixo daquela arcada não seja ocupado por outro da mesma condição.
Portugal é um país de iletrados mas com "cursos superiores", que até podem ser doutores. Curiosamente, com raridade mexeram ou mexem num livro. Nem conhecem Eça, nem Camões, nem Aquilino Ribeiro, nem Miguel Torga, nem os muitos de agora como Saramago ou Lobo Antunes, e outros, e muitos, e muitos outros. Manuel de Oliveira, realizador que faz obra de arte no cinema como ninguém, é um "chato". Antonin Artaud e os "Escuta Zé Ninguém" é completamente desconhecido. O "Tira a Mãe da Boca", de João Sousa Monteiro deve dar origem a uma exclamação do estilo "Qué qué isso meu"! Vai um fumo?" E idem, e idem por outros autores bem mais "complicados" ou menos "fáceis". E andámos nós no Peace and Love e no San Francisco com o Scott Makenzie... E fumámos, e fomos (ou não) para a Guerra Colonial a saber a porcaria que era o regime salazarista. Agora estes imberbes que nunca mais crescem não sabem o que é o regime cavaquista. E fumam, e injetam-se até, e deixam-se levar... sempre a olhar para o seu umbigo. Quais flowers? Não há flowers para ninguém. Nem peace and love. Nada. Só puro egoísmo. Só dependência dos papás, dos andares comprados sem garantia de os poderem pagar, só carrões XPTO (que é melhor que o do vizinho do lado).
Deixem-me que lhes diga: valem uma merda (my opinion) enquanto não souberem cair na real. Não existe universidade nem diploma que nos ensine a ser pessoa. Garante quem conheceu bastantes analfabetos mas... pessoas. Daquelas que acordavam com os galos e se deitavam com as galinhas. E no dia seguinte "cá vai disto", como nos Esteiros de Soeiro Pereira Gomes. O povo, o povo era esse. Onde anda o povo?
Parece que o povo nas cidades, caso de Lisboa e do Porto, permitiu que os tirassem das barracas (parecia mal) e os enfiassem novamente em barracas... de pedra e cal. Nos guetos que existem pelas grandes cidades desta metrópole lusófona que vai do Minho ao Algarve. E agora como antes faz de escravos, brancos, pretos, amarelos, mulatos, azuis (se houvesse) e tutti-fruti. Até Cavaco, principalmente Cavaco Silva, alinha e implementa esse regime. Já o fez (tentou?) em primeiro-ministro (1985/95) e está a reger a "orquestra" agora. É suficientemente hipócrita e enganoso para se fazer passar por um democrata, mas ali há putisse. É manhoso. Esquece-se ele que até é mouro - segundo a teoria de Pinto da Costa (FCP). E é. E não é. E até talvez seja judeu. Cristão Novo. Silva. Recorde-se. Para não caírem na fogueira (os judeus, as vítimas da inquisição) renderam-se ao cristianismo ditatorial e desumano optando por nomes como silvas, figueiras, oliveiras, etc. etc.. Cavaco Silva, o tal do regime cavaquista. Um cristão-novo. Um sacana velho - não na idade mas nas práticas. Provavelmente até já nasceu sacana, egoísta, narcisista. Uma coisa horrível que só não será um odioso e hediondo ditador porque Portugal não irá autorizar em pleno. Conte-se ao menos que Portugal dos portugueses, não o dos cobardes, dos que olham para o lado ao verem a mendicidade provocada pelo cavaquismo, não irão autorizar o prolongamento do cavaquismo que nos está a destruir. Agora como antes, quando ele foi primeiro-ministro. Parece que muitos se esqueceram da fome que grassou por Portugal quando Cavaco foi PM. Em Setúbal a tal ponto que o bispo se insurgiu e com isso ganhou a alcunha do Bispo Vermelho. Claro, só podia... para Cavaco. Coincidência. Agora voltou a fome. O cavaquismo é fome. Como era o salazarismo. Ou não?
Divagações. O escrito acima são só divagações. É um sacana de merda, o gajo. Mas... olha o nosso umbigozinho. Bem. Não exatamente assim. Estranhamente - porque estão a ver e a sentir as vidas a andar para trás - os jornalistas da Agência Lusa (como outros de outras profissões) hoje fizeram greve (por eles). Os jornalistas? Mas quem diria. Imaginem. E agora até que eles já são dótores e tudo. Os decanos Baptista-Bastos e outros... Ops. Não eram nem se sentiam dótores. Nem dótores nem doutores. Mas foram, são, grandes jornalistas. E pessoas que não olhavam para o umbigo. Pessoas que corriam riscos e procuravam (por vezes conseguiam) fintar a Censura, a PIDE... Como o BB houve muitos outros. Norberto Lopes, p.ex. "Ratos" do contra o salazarismo.
Agora temos as lesmas do cavaquismo que só fizeram greve porque sabem que os seus postos de trabalho estão ameaçados e que uns quantos (provavelmente muitos) vão ter de se dedicar "à pesca". Porque acordam tarde? Porque têm colaborado com este regime que sincopadamente vai destruindo a democracia, a liberdade, os direitos? Um regime que oferece uns amendoins aos jornalistas, como a outros dótores... e avança nos seus propósitos. Acordem. Ainda estão a tempo. A greve não vos vai resolver nada se não mudarem de atitude pessoal e profissional, se não deixarem de ser escribas ao serviço do regime vigente. Quase tal e qual como os escribas dos faraós do antigo egipto. Na pirâmide social estavam próximo do topo mas nem por isso deixavam de ser escravos. Como foi comprovado. Acordem... ou deixem-se ir...
E a greve em Portugal nem chegou aos outros orgãos de comunicação social... Chegou? Pois. Dótores não fazem greve. Será que o Miguel Relvas fez greve? Então, dótor!? Como se diz?... Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. É, não é?
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