António Veríssimo
226 FORAM DETIDOS E VÃO HOJE A JULGAMENTO. O CAVAQUISMO SEMPRE FOI ASSIM
Podem ler a seguir o conteúdo que aqui trouxemos através do jornal Público e também a breve nota do We Have Kaos in the Garden. Ontem a polícia deteve 226 pessoas que se manifestavam. Cometeu ilegalidades ao dificultar a presença de advogados. Mas a polícia, os políticos e os da sua área de influência podem cometer ilegalidades. Os outros cidadãos é que não. Porque será que assim acontece - prisões massivas de manifestantes, cidadãos processados (é cidadãos Cavaco e não cidadões) por alegadas ilegalidades em pronunciamentos de índole política que "ofendem" Cavaco. Quantos processos por "crimes políticos" já leva neste historial mais recente o regime cavaquista? Para quando o Tribunal Plenário que representava a palhaçada dos julgamentos políticos salazaristas? Neste tempo de Cavaco é sempre assim - já o foi quando era primeiro-ministro. No tempo de Cavaco como no tempo de Salazar.
Por enquanto ainda ninguém foi morto pela polícia fardada ou à paisana... Mas já não deve faltar muito. Cavaco tem no seu historial quando PM o disparo de várias balas contra manifestantes. Principalmente uma dessas balas atirou para uma cadeira de rodas um jovem de 17 anos. Ele ainda hoje carrega essa cruz. Já lá vão cerca de 20 anos. E o cavaquismo regressou de há uns anos a esta parte. Mais acirrado há dois anos quando do casamento promiscuo da Cavaco com Passos, com Portas e com a Troika. Não é uma ménage a trois mas sim um bacanal. Os libidinosos pervertidos gozam que se fartam a fornicar o povinho.
Não se sabe por enquanto o que será julgado pelos juízes deste caso dos 226. Que se percebe existirem juízes com vontades de Tribunal Plenário do salazarismo é facto. Talvez surja um novo modelo adaptado à atualidade. Mas nem por isso deixará de ser um Tribunal Plenário do cavaquismo. Neste tempo de Cavaco como no tempo de Salazar.
Os 226 (tantos) estão neste momento a aguardar julgamento. Aguardemos os desenvolvimentos e fiquemos atentos. Pelo passo da Justiça em Portugal até é muito provável que tudo se resolva daqui por quatro ou cinco anos... Talvez ainda mais.
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