Friday, June 28, 2013

Cabo Verde: LANCHA VOADORA LEVA PAULO PEREIRA À PRISÃO POR 22 ANOS




Paulo Pereira condenado a 22 anos de prisão

A Semana (cv) 28 Junho 2013

O arguido Paulo Pereira, considerado o arquitecto do processo "Lancha Voadora", foi condenado a 22 anos de cadeia. Ernestina vai cumprir uma pena de 13 anos e Ivone de 11. Já Veríssimo Pinto tem de cumprir nove anos e seis meses de prisão. A Editur e José Teixeira foram absolvidos de todos os crimes.

Em relação aos restantes arguidos, Carlos Gil foi condenado a 17 anos de prisão, Quirino 15, Luís Ortet e António Semedo a 12 anos de reclusão.

Jacinto Mariano vai cumprir uma pena de nove anos e Veríssimo Pinto nove anos e seis meses. Os arguidos José Teixeira e José Alexandre Oliveira foram absolvidos dos crimes de lavagem de capitais. Também as empresas Autocenter e Imopraia foram ilibados do mesmo crimes.

A Imopraia foi ainda absolvida do crime de tráfico de drogas e fraude fiscal. O mesmo veredicto teve o colectivo de juízes em relação a empresa Tecnolage. Os arguidos Sandro, Nerina e Wilson foram absolvidos do crime de falsidade ideológica.

O arguido Djoy também foi absolvido de todos os crimes.

Arguidos são detentores de contas bancárias avultadas

A Semana (cv) 28 Junho 2013

O Juiz Sebastião de Pina, que preside ao colectivo deste mega-processo, dá como provada a existência de contas bancárias avultadas em nome dos principais arguidos Paulo, Quirino Naiss, Ernestina e Ivone.

Logo que efectuou a parte mais visível da operação Lancha Voadora, no passado dia 8 de Outubro, e que resultou na detenção dos três alegados cabecilhas do grupo, várias contas bancárias, inclusive de empresas, foram congeladas nos diversos bancos comerciais que operam no país.

Neste momento, o Magistrado discorre sobre o histórico criminal de Paulo Ivone Pereira, Ernestina “Nichinha” Pereira, Ivone de Pina Semedo e Quirino Manuel “Naiss” dos Santos, na Holanda. Estima-se que só Paulo Pereira tenha bens que totalizam mais de 370 milhões de escudos.

De recordar que as autoridades holandesas confirmaram às suas congéneres cabo-verdianas o envolvimento desses indivíduos referenciados em actividades criminosas nas terras de Juliana. Com base nessas informações, a PJ direccionou as suas investigações.

“Foi importante conhecer a vida desses indivíduos, embora a PJ já desconfiasse que poderiam estar envolvidos com tráfico de droga. Com as informações recolhidas ao longo de meses, foi possível acompanhar toda a sua movimentação”, afirmava na altura fonte desta polícia ao A Semana.

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