Tuesday, June 25, 2013

CPLP visita Guiné-Bissau em breve para contribuir para eleições ainda este ano



FPA – APN - Lusa

Lisboa, 25 jun (Lusa) - O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa anunciou hoje irá em breve à Guiné-Bissau para, com outras organizações internacionais envolvidas na transição política no país, contribuir para a realização de eleições ainda este ano.

Num discurso durante o Estoril Political Forum, que decorre até quarta-feira num hotel daquela localidade, Murade Murargy afirmou-se "pessoalmente mais do que nunca envolvido" na questão da Guiné-Bissau" e afirmou que em breve se desloca ao país.

O responsável da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) explicou que as exigências internacionais para um pacto de regime e um roteiro para a transição foram cumpridas, pelo que "as cinco organizações vão [ao país] para verem o que fazer a seguir, como apoiar a Guiné-Bissau, quais os passos, quais os meios necessários a mobilizar com vista a realizar as eleições este ano ainda", referiu em declarações aos jornalistas.

Murargy acrescentou que a sua viagem à Guiné-Bissau deverá ocorrer no princípio de julho.

A Guiné-Bissau vive um período de transição, na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril do ano passado. Em maio deste ano, o período de transição foi alargado até final do ano, com a comunidade internacional a exigir a realização de eleições e o regresso à normalidade constitucional nesse período.

Sobre os recentes incidentes em Moçambique, Murargy disse à imprensa que a CPLP está a acompanhar a situação, embora tenha considerado prematura uma intervenção da comunidade lusófona.

"A CPLP não foi chamada ainda a intervir, não chegou esse momento. (...) É uma situação interna que o país vai resolver, a CPLP está a acompanhjar a situação", disse, reiterando não haver "nada que justifique" uma intervenção da organização.

Os últimos dias têm sido marcados pela tensão entre a Renamo e o Governo (Frelimo), após emboscadas contra viaturas atribuídas à oposição que ameaçou impedir, desde quinta-feira, a circulação na Estrada Nacional 1 (EN1), no troço Muxúnguè-Save, e na Linha Férrea de Sena, no centro de Moçambique.

Na sexta-feira, a polícia deteve o responsável pela comunicação do Renamo, Jerónimo Malagueta, alegadamente na sequência das ameaças de ataques desse dia, atribuídos ao principal partido da oposição.

Na semana anterior, um assalto ao paiol na zona de Savane, na região de Dondo, no centro de Moçambique, provocou a morte de sete militares.

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