Thursday, May 30, 2013

CGTP faz balanço "muito positivo" da greve dos trabalhadores do Metro de Lisboa

 

Jornal i - Lusa
 
Segundo Arménio Carlos, milhares de trabalhadores deverão participar hoje em greves, concentrações e plenários promovidos pela CGTP
 
O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos fez hoje um balanço "muito positivo" da greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e destacou também a forte adesão dos funcionários dos CTT nos plenários realizados à meia-noite.
 
"O balanço é muito positivo, ainda ontem [quarta-feira] tivemos a oportunidade de verificar uma adesão total dos trabalhadores do Metropolitano e uma grande adesão dos trabalhadores dos correios nos plenários que foram feitos nos turnos da meia-noite", disse o secretário-geral da CGTP-IN, em declarações à agência Lusa, em Lisboa.
 
A circulação do Metro de Lisboa está parada devido à greve dos trabalhadores, que teve início às 23:30 de quarta-feira.
 
Segundo Arménio Carlos, milhares de trabalhadores deverão participar hoje em greves, concentrações e plenários promovidos pela CGTP contra a retirada de feriados e mostrar se estão disponíveis para uma greve geral em junho, contra as medidas de austeridade impostas pelo Governo.
 
O secretário-geral da Intersindical vai participar em várias iniciativas ao longo do dia, depois de ter estado na noite passada com os funcionários do Metro e com os trabalhadores do Centro de Distribuição Postal de Lisboa dos CTT.
 
Os trabalhadores do Centro de Distribuição Postal de Lisboa dos CTT fizeram um plenário à meia-noite e voltam a reunir-se às 10:00 e às 20:00 para abranger o pessoal dos vários turnos, o que deverá levar a uma paralisação de pelo menos duas horas para cada um dos plenários.
 
"A prioridade é refletir junto dos trabalhadores sobre aquilo que se está a passar em cada uma das empresas e auscultá-los também em relação àquilo que deve ser a conduta [da CGTP] e quais as medidas a tomar para dar resposta no plano nacional em relação à política que estamos a ser confrontados", adiantou.
 
Arménio Carlos falava à agência Lusa no final de uma iniciativa com trabalhadores da Europac - Embalagem, em Albarraque, no concelho de Sintra, na qual criticou a decisão do Governo de retirar "quatro feriados e três dias de férias" aos trabalhadores.
 
"Estamos perante um processo que constitui um retrocesso civilizacional e social sem precedentes, num quadro em que o país precisa é de gerar mais emprego. Sete dias de trabalho gratuito por ano vão originar o despedimento, no mínimo, de 98 mil trabalhadores. Isto é mais um ataque à economia", afirmou.
 
António Maria Pereira, da comissão de trabalhadores da Europac, disse ao secretário-geral da CGTP que esta empresa, que tem três unidades no país (Sintra, Leiria e Vila do Conde), está a "discriminar os trabalhadores" de Sintra.
 
"A empresa apresentou aos trabalhadores das outras duas unidades uma proposta de aumento salarial na ordem dos 1,2 por cento. Para os de Albarraque não há aumentos porque referiram existirem resultados negativos nesta unidade", afirmou o representante dos trabalhadores.
 

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