Wednesday, May 29, 2013

Escritores moçambicanos "felizes" com atribuição de Prémio Camões a Mia Couto



PMA – APN - Lusa

Maputo, 28 mai (Lusa) - O secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), Ungulani Ba Ka Khosa, exprimiu hoje à Lusa "regozijo" com a entrega do Prémio Camões ao compatriota Mia Couto, considerando-o "uma distinção mais que merecida".

Na segunda-feira, Mia Couto foi anunciado, em Lisboa, como vencedor da 25ª edição do Prémio Camões, "pela sua vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e pela profunda humanidade".

Numa reação a esta distinção, Ungulani Ba Ka Khosa, considerado um dos 100 melhores escritores africanos do século XX, disse que "a notícia é um motivo de regozijo e orgulho" para a literatura moçambicana.

"A cada ano e por alturas do anúncio do Prémio Camões, a comunidade dos escritores moçambicanos questionava se não seria a vez do Mia, e foi desta", referiu o autor do Ualalapi.

O secretário-geral da AEMO assinalou o facto de Moçambique ganhar pela segunda vez o Prémio Camões, depois de o poeta José Craveirinha ter sido distinguido em 1991.

"O segundo reconhecimento, como o primeiro, traduzem a boa qualidade da literatura moçambicana, o seu valor e alcance extra-murros", disse Ungulani Ba Ka Khossa.

Sobre um próximo Prémio Camões moçambicano, o secretário-geral da AEMO elogiou a nova geração de escritores moçambicanos, mas observou que "a literatura não é feita para ganhar prémios, porque os prémios são a consequência natural do trabalho literário".

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