Lusa
O Conselho de Finanças Públicas considera que o Governo subestimou os efeitos recessivos da austeridade sobre as expectativas dos agentes económicos e os seus efeitos no consumo privado, investimento e emprego, fazendo projeções macroeconómicas demasiado otimistas.
“Poderá ter sido subavaliado o efeito recessivo das medidas orçamentais, designadamente sobre as expectativas dos agentes económicos, com efeitos no consumo privado, no investimento e no emprego”, afirma o Conselho de Finanças Públicas uma análise sobre as contas das Administrações Públicas de 2012.
A instituição sublinha por diversas vezes que muitas componentes do quadro macroeconómico construído pelo Governo e revisto ao longo do ano acabaram por se revelar demasiado otimistas, com impacto sobre a execução orçamental de 2012 e que pode ter consequências nas contas deste ano.
“As previsões macroeconómicas oficiais para 2012, genericamente alinhadas entre o Ministério das Finanças e as organizações internacionais que prestam assistência financeira a Portugal, revelaram-se otimistas em diversas componentes particularmente relevantes para a execução orçamental, com relevo para o emprego, os preços implícitos no PIB e a evolução da economia ao longo do ano”, afirma o Conselho de Finanças Públicas.
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