Marta Cerqueira – Jornal i
O governo está em auto-gestão", considera o social-democrata
Marques Mendes criticou hoje a conduta do governo nos últimos dias. Comentando as reacções dos membros do governo ao relatório do FMI, que alertou para o impacto do ajustamento nas economias, Marques Mendes considera que os ministros “não se entendem, e cada cabeça sua sentença”.
“Do ponto de vista da gestão política, o governo está em auto-gestão. Alguns ministros criticam o relatório, outros criticam quem critica o relatório. Isto não é um governo, parece um aglomerado de ministros”, salientou no seu comentário semanal na SIC.
Marques Mendes considera ainda que os membros do governo “em matéria de coordenação política, são uns azelhas”.
Para o social-democrata, a culpa desta situação é do PS. “Quando a oposição é fraca, o governo facilita. Se tivéssemos uma oposição firme, o governo teria muito mais cuidado. O PS faz uma oposição que parece o Bloco de Esquerda, parece uma brincadeira”, acrescentou.
Sobre a possibilidade de um segundo resgate, Marques Mendes considera que existe “um risco enorme” de isso acontecer. “Só se evita esta situação se o défice for cumprido, se a avaliação da troika for positiva e se não houver novos chumbos em matérias relevantes no Tribunal Constitucional”.
“Se acontecer um segundo resgate, todos saem mal na fotografia: Presidente da República, governo e partidos”, acrescentou.
Sobre o facto de Rui Machete ter admitido hoje que cometeu uma "incorreção factual" ao escrever que nunca tinha tido acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), Marques Mendes considera uma situação “lamentável e dispensável”.
“Prova-se uma vez mais que tudo o que é BPN queima”, disse, acrescentando que a demissão seria um exagero, mas “o mínimo que tem a fazer é pedir desculpa.
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