Saturday, September 28, 2013

Portugal: ANJO NEGRO

 

We Have Kaos in the Garden
 
O líder do CDS mostrou-se preocupado com a «sucessão de decisões do Tribunal Constitucional que podem gerar interrogações e perplexidades nomeadamente no plano externo». Reagindo ao chumbo de algumas medidas do Código do Trabalho pelo Tribunal Constitucional, Paulo Portas indicou, contudo, que «é preciso que se diga que as medidas mais importantes para uma economia mais moderna, mais flexível e mais geradora de emprego foram declaradas constitucionais»
 
Mas claro que está contente. Cada direito que seja retirado a quem trabalha é um direito adquirido pelo patrão. Não há filho-da-puta de nenhum governo que não faça uma revisão do código do trabalho e que não torne mais precária a vida de quem tem de vender a sua força de trabalho. Esta gente só ficará satisfeita quando o trabalho for à jorna e pago com um papo seco e um copo de água. O que chamam medidas importantes para a economia é retirar direitos e regras que permitam os abusos e para o emprego as que facilitarem o desemprego e os baixos salários. Bom seria que se preocupassem com gente como o Rui Machete que teve de abandonar 31 cargos em empresas e em vez do ordenado de Ministro pode receber a pensão no valor de 12.000 euros. A esses não se toca e antes pelo contrário fazem-se leis que os isentam de qualquer austeridade.
 
Quanto à preocupação com os chumbos do tribunal constitucional é mais do mesmo, pressão sobre um órgão de soberania que tem de ser isento e cumprir com a lei fundamental do país, desrespeito por essa mesma lei. É inaceitável que um Ministro critique um tribunal assim como não se compreende como aquela coisa que gosta de se chamar de Presidente permita que um governo o faça e passe todo o tempo a tentar fazer aprovar inconstitucionalidades. Quanto à perplexidade no plano externo, se é que ela existe com os chumbos do Tribunal é toda da responsabilidade do governo. Se não fizesse as leis que faz estas não tinham de ser chumbadas e assim os mercados não tinham razão para reagir desfavoravelmente. Cambada de filhos-da-puta. (os de cá e os lá de fora).
 
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