Deutsche Welle
13 atores, 6 países da CPLP, uma língua comum. "As Orações de Mansata", uma peça de teatro da associação "Cena Lusófona", tem estreia marcada para 17 de outubro, em Portugal.
“As Orações de Mansata”, do guineense Abdulai Sila, foi a peça escolhida pela Cena Lusófona para o espetáculo central do P-STAGE. Com direção de António Augusto Barros, o projeto implementado pela associação Cena Lusófona está a realizar neste momento ensaios em São Tomé e Príncipe com um elenco composto por 13 atores da CPLP.
"Isto é tudo uma novidade", começa por dizer Solange Sá, que interpreta Djuko, uma das personagens de "As Orações de Mansata". "Primeiro, junto-me com imensa gente de vários países com quem eu nunca trabalhei, depois vimos para São Tomé, onde eu nunca tinha estado", afirma.
"Isto é tudo uma novidade", começa por dizer Solange Sá, que interpreta Djuko, uma das personagens de "As Orações de Mansata". "Primeiro, junto-me com imensa gente de vários países com quem eu nunca trabalhei, depois vimos para São Tomé, onde eu nunca tinha estado", afirma.
"Tem sido muito bom, tenho aprendido bastante", conta a atriz, portuguesa, que é uma entre os 13 atores de seis países lusófonos escolhidos pela associação portuguesa para intercâmbio cultural Cena Lusófona para dar corpo e voz à primeira peça teatral escrita pelo guineense Abdulai Sila, sob a direção de António Augusto Barros.
Da Guiné-Bissau para o mundo
"Nós achamos simbólico, ao ter esta oportunidade de reunir actores dos vários países, debruçarmo-nos sobre uma peça que é a primeira peça guineense", explica António Augusto Barros, adiantanto ainda que a peça "tem o simbolismo de abordar um tema político e social que é a própria situação da Guiné-Bissau, mas, ao abordá-la, fazê-lo de uma forma em que é possível uma interpretação mais vasta, uma vez que a situação é muito simular a outras que acontecem em África e noutras partes do mundo".
O elenco partilha o português como língua oficial. Mas, entre Angola, Moçambique, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau, o português ganha várias tonalidades.
"Nós achamos simbólico, ao ter esta oportunidade de reunir actores dos vários países, debruçarmo-nos sobre uma peça que é a primeira peça guineense", explica António Augusto Barros, adiantanto ainda que a peça "tem o simbolismo de abordar um tema político e social que é a própria situação da Guiné-Bissau, mas, ao abordá-la, fazê-lo de uma forma em que é possível uma interpretação mais vasta, uma vez que a situação é muito simular a outras que acontecem em África e noutras partes do mundo".
O elenco partilha o português como língua oficial. Mas, entre Angola, Moçambique, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau, o português ganha várias tonalidades.
"As pessoas têm sotaques tão variados que isto é uma sinfonia, todos os dias", diz Solange Sá. E, por isso, explica António Augusto Barros, é preciso "encontrar uma base comum, que seja perceptível em todos os outros países. E isso implica um trabalho técnico especializado, para que isto possa ser entendido por todos". "Mas, ao mesmo tempo, não queremos perder toda essa riqueza e diversidade que são as sonoridades várias do português", ressalva.
Uma língua comum para vários países
Durante um mês, o elenco estive reunido em São Tomé, onde tentou criar uma linguagem comum para um grupo tão diverso.
"Estivemos a trabalhar não apenas o texto - os seus significados, toda a sua mecânica -, mas também o trabalho físico do actor, que é fundamental", afirma o diretor. "Trabalhámos num regime muito intensivo, de 6 horas por dia, no mínimo, um regime muito profissional", frisa.
O grupo termina a sua primeira fase de ensaios em São Tomé e Segue em direção a Portugal para mais um mês e meio de ensaios antes da estreia prevista para 17 de Outubro, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra. Depois, “As orações de Mansata” seguirão em digressão por várias cidades portuguesas, Guiné Bissau, Galiza, Salvador e terminando em Angola.
Durante um mês, o elenco estive reunido em São Tomé, onde tentou criar uma linguagem comum para um grupo tão diverso.
"Estivemos a trabalhar não apenas o texto - os seus significados, toda a sua mecânica -, mas também o trabalho físico do actor, que é fundamental", afirma o diretor. "Trabalhámos num regime muito intensivo, de 6 horas por dia, no mínimo, um regime muito profissional", frisa.
O grupo termina a sua primeira fase de ensaios em São Tomé e Segue em direção a Portugal para mais um mês e meio de ensaios antes da estreia prevista para 17 de Outubro, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra. Depois, “As orações de Mansata” seguirão em digressão por várias cidades portuguesas, Guiné Bissau, Galiza, Salvador e terminando em Angola.
Autoria: Edlena Barros (São Tomé) - Edição: Maria João Pinto / António Rocha
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