Saturday, October 19, 2013

Portugal–Manifestação: QUASE 100 MIL EXIGEM DEMISSÃO DO GOVERNO E VAIAM CAVACO




O fantasma da Ponte 25 de Abril, em Lisboa, pairou uma vez mais sobre a direita portuguesa, incluindo governo e presidente da República. As centenas de autocarros, juntamente com as muitas centenas de automóveis e motos, desfilaram na ponte devido à proibição do governo de a manifestação da CGTP por ali desfilar a pé rumo a Lisboa. Recorremos ao blogue Balneário Público para recordar o que também nele foi escrito a propósito sob o título “Ponte, fantasma de Cavaco e do PSD”.
Nesse texto é referido: “Também no i online é manchete o medo da Ponte 25 de Abril. Compreende-se. Têm medo que se atravesse a ponte em manifestação. Pudera. É que em 1994 a “revolta da ponte” ajudou bastante a que o governo de Cavaco caísse. Eis o referido título: CGTP assegura que manifestação na ponte não põe em causa a segurança. Arménio Carlos, da CGTP, que organiza a manifestação, explica: “Temos fotografias de corridas na ponte enquanto o comboio passava, sem problemas, e quanto à segurança das pessoas, salientamos que o tabuleiro tem várias faixas de rodagem e que todo o controlo de acesso é feito na zona das portagens”. Sendo assim qual é o problema de segurança que evocam os liberais-fascistas para ditar que não se pode atravessar a ponte? É evidente que o fantasma ponte perdura na mente de Cavaco, dos cavaquistas, dos liberais-fascistas que ocupam Portugal e o mantêm refém.”
E depois sobre Cavaco e a ponte: "E agora mudemos para Cavaco, também em título do i: “PR. É urgente conciliar austeridade com crescimento e emprego”. Grande novidade que ele nos traz. O medíocre (para classificar com boa vontade) cada vez que abre a boca entra mosca ou saem vulgaridades. A competência de que tanto se arrogava não existe. Prevalece e sobressai a vulgaridade, quando não é superada pela imbecilidade. Como pode um país suportar por tanto tempo um PR assim? Como pôde um povo eleitor votar num colaborador da PIDE e entregar o ouro ao bandido? Foi na canção do bandido, já se viu. E agora? Agora o melhor é corrigir o que fez de errado ao ser enganado. Vamos à ponte, pois então. O medo dos liberais-fascistas também alimenta a nossa força. Mas sobretudo a força do povo provém da razão. E eles sabem isso muito bem. Por isso temem-nos. Por isso não esquecem o seu fantasma da ponte. Revolta da ponte que em 1994 deu ao palmarés de Cavaco Silva o único PM eleito que permitiu que a polícia disparasse sobre manifestantes. O resultado foi uma bala “perdida”: “Luís Miguel, o jovem baleado no “buzinão” da Ponte 25 de Abril, a 25 de Junho de 1994 – que ficou paraplégico. Cavaco impune e polícia impune. Mas o palmarés de Cavaco existe na pior das memórias. Neste caso como noutros."
Hoje, neste momento, após a realização da manifestação, em diferentes moldes vale a máxima que diz “nada se perde, tudo se transforma”. Assim aconteceu e a manifestação foi um sucesso que reuniu muitas dezenas de milhares de portugueses a exigirem a demissão do governo entre vaias a Cavaco Silva. À mesma hora, no Porto, cerca de 30 mil também se manifestaram com as mesmas exigências após passarem a pé pela Ponte do Infante rumo à Avenida dos Aliados. No total, entre Lisboa e Porto, foram cerca de 100 mil os que exigiram a demissão do governo. Exigência que não será tomada em consideração pelo governo, nem por Cavaco - o seu protetor. Nem por isso a contestação legítima e repleta de razões esmorecerá. No jornal Público pode saber mais. Para isso dali compilámos o que se segue. (Redação PG)
Silêncios de Cavaco são “inadmissíveis”, diz Arménio Carlos
Pedro Crisóstomo, Teresa Camarão, e Pedro Sales Dias - Público
CGTP agenda concentração em frente ao Parlamento para 1 de Novembro, dia da votação na generalidade do OE. Chuva forte que se abateu sobre Lisboa obrigou alguns manifestantes a desmobilizar. No Porto, a marcha faz-se a pé numa fila de dois quilómetros.
A chuva forte que começou a cair minutos antes de o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, discursar obrigou alguns manifestantes a saírem do corredor central da concentração em Alcântara e a procurarem abrigos nos beirais dos edifícios, paragens de autocarros e entradas de armazéns. Uns aguardavam à chuva, outros protegidos de chapéu aberto ou mesmo debaixo das lonas do protesto.
A chegada à concentração em Alcântara, depois da “marcha sobre rodas” na Ponte 25 de Abril, em Lisboa, fez-se a pé pelas várias ruas que desembocam no corredor da rua João de Oliveira de Miguens até à Avenida 24 de Julho.
“Cavaco, é tua obrigação aceitar a demissão”, gritava-se no palco e entre a multidão que ia chegando e assistia virada para a ponte. Depois, foi Arménio Carlos, já a discursar, quem se dirigiu ao Presidente da República e ao Governo. De Cavaco Silva e do executivo, disse, são “inadmissíveis os silêncios” sobre aquilo que considerou serem as “chantagens” de Durão Barroso e da “senhora Lagarde” sobre o Tribunal Constitucional.


Fez um discurso voltado para a unidade dos trabalhadores. Para “juntar forças e vontades”, para juntar “posições”, para desenvolver “propostas comuns”, diria aos jornalistas pouco depois de discursar. No palco, deixou um apelo concreto: para a manhã de 1 de Novembro anunciou uma concentração junto à Assembleia da República onde nesse dia é votado na generalidade o Orçamento do Estado (OE) para 2014.

A data não foi escolhida ao caso. É uma acção contra o orçamento: para rejeitar a proposta do Governo, pedir a demissão do executivo e exigir eleições antecipadas. Mas é também uma acção numa data simbólica, contra a abolição do feriado do 1 de Novembro, que Arménio Carlos considerou ser um “roubo” dos trabalhadores.

“Este é o tempo que exige a participação de todos”, disse, apelando à participação de trabalhadores com vínculos efectivos e precários, funcionários públicos, reformados e desempregados e jovens.


CGTP não descarta greve geral

Antes, aconteceu a “marcha sobre rodas” da CGTP, com centenas de autocarros e carros numa fila compacta e marcha lenta e debaixo de um persistente buzinão. Foi uma das duas marchas que a Intersindical convocou para este sábado em Lisboa e Porto, duas acções de protesto que o secretário-geral da Intersindical, Arménio Carlos, esperava ver “com muita força, com muita dinâmica, com muita consciência”.
Os primeiros autocarros que saíram dos vários concelhos do distrito de Setúbal em direcção a Alcântara fizeram a travessia da ponte 25 de Abril com normalidade. Os veículos circulavam com a distância de segurança recomendada pelo Código da Estrada e, tal como a CGTP prometera, sem qualquer indício de bloqueio da ponte. O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que também fez a travessia num dos autocarros, dizia pelas 14h30 que o protesto estava a decorrer de forma "serena" mas com "muita azáfama".
A saída do líder da Intersindical fez-se do Marquês de Pombal, ponto de partida habitual de tantas outras manifestações na capital. E, ainda antes de arrancar num dos quatro autocarros ali concentrados para seguirem para a 25 de Abril, Arménio Carlos dizia ao que vinha: “Não estamos aqui apenas e só para contestar, estamos aqui também para mostrar que há caminhos alternativos que podem resolver os problemas do país e do povo”.
Questionado pelo PÚBLICO sobre o apoio que o secretário-geral da UGT deu ontem à acção de protesto deste sábado, relativizou as declarações de Carlos Silva e disse que o que está em causa na jornada da CGTP “é a defesa dos trabalhadores e da população portuguesa, independentemente do posicionamento político-sindical [de quem participa]”.
E mais do que diferenças, reforçou, é preciso unir esforços. Sem se querer adiantar sobre próximas acções de protesto, quando foi questionado sobre a possibilidade de convergência com a UGT para realizar uma nova greve geral, respondeu: “Uma coisa de cada vez”. E acrescentou: “Queremos construir unidade na acção e unidade na acção não se constrói [só] na unidade das cúpulas, das centrais, constrói-se na unidade dos trabalhadores. É por causa disso que vamos ter uma série de acções de luta muito significativas nas próximas semanas”.
30 mil desfilam no Porto

No Porto, onde a manifestação começou por volta das 15h20, a União de Sindicatos do Porto fala em perto de 30 mil pessoas mobilizadas para a travessia a pé da ponte do Infante. Mais de 100 autocarros chegaram nas últimas horas à cidade, avançou ao PÚBLICO João Torres, coordenador da estrutura sindical.
“São mais de 100 autocarros com trabalhadores dos distritos de Aveiro, Braga, Bragança e Vila Real. Aqui não há problemas de segurança”, disse. O líder sindical explicou ainda que o objectivo da manifestação “é a exigência nas ruas da demissão do Governo e da realização de eleições antecipadas”.
“O Governo não tem legitimidade para continuar o assalto aos bolsos dos cidadãos. Esperamos que o Tribunal Constitucional cumpra o seu papel”.
Pelas 16h15 o desfile estava a chegar à avenida dos Aliados, mas ainda há pessoas a passar a ponte do Infante, onde se iniciou a marcha. O desfile tem mais de dois quilómetros de extensão.
Leia mais em Público
Está a juntar-se um mar de gente em Roma contra as políticas de austeridade

GOVERNO E CAVACO: INCONSTITUCIONALISTAS

 

Balneário Público
 
Os ataques e pressões ao Tribunal Constitucional, quer pelos partidos do governo quer pela Comissão Europeia e o seu presidente Durão “Cherne” Barroso, são uma ação concertada que ainda envolve entidades avulso da área financeira e outros liberais-fascistas. A legitimidade de veicularem as suas opiniões enquanto cidadãos é indiscutivel, porém, no caso de elementos do governo e da Comissão Europeia, essas declarações são legitimamente consideradas ataques e pressões ao TC. Isso é inadmissivel e ofensivo da soberania de Portugal. Representa o desrespeito que comummente é manifestado pelo governo relativamente à Constituição que jurou cumprir e um atentado ao respeito que a Constituição e o TC de Portugal devem merecer à Comissão Europeia, sendo que Portugal é um estado de pleno direito da UE. Pasme-se, ou talvez nem por isso, que assistimos ao completo aquiescer ou assobio para o lado do presidente da República Cavaco Silva. Aquele PR que igualmente jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição (mas que não o tem feito como deve). Sendo assim não é de estranhar que Cavaco tenha deixado em claro a intromissão, deselegância e ofensa saída da boca do representante da Comissão Europeia em Portugal e muito menos do seu presidente Barroso – amigo, correlegionário e liberal-fascista, empoleirado na Europa, que serve de mordomo, serviçal e criada de quarto a um qualquer aparentado hitleriano que surja num golpe de mágica tenebrosa como salvador da crise fabricada pelos seus (deles) amigos banqueiros e a alta finança global em conluio. Apesar de tudo, pese embora tantas pressões parece que não se vislumbram indícios de que o TC vá ceder. Por parte dos portugueses o que se espera é que o TC cumpra a sua função com todo o respeito ao disposto na Constituição e que aquilo que for inconstitucional neste Orçamento de Estado assim seja declarado. A Portugal e aos portugueses já basta terem eleito ao engano um governo de sabujos desonestos e golpistas protegidos por um PR que não lhes fica muito atrás nos procedimentos e desempenho do cargo. Do mal o menos, que o TC faça o que deve no restrito cumprimento das suas funções, já que nem governo, nem PR o fazem. Compreende-se, mas é de repudiar que assim procedam, afinal são inconstitucionalistas.
 
Otávio Arneiro
 
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Portugal: Milhares de pessoas concentradas em Alcântara para jornada de luta da CGTP

 


Milhares de pessoas estão concentradas em Alcantara para participar na jornada de luta marcada pela CGTP/IN para hoje em Lisboa.
 
Empunhando cartazes, bandeiras de sindicatos e bandeiras de Portugal, os manifestantes pedem a demissão do Governo.
 
"Está na hora do Governo ir embora" e "Passos, escuta/ O povo está em luta" são algumas das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes ao som de temas de música de intervenção.
 
Entre os cartazes empunhados pelos manifestantes podem ler-se frases como "Um Cavaco e Passos a mandar / Banqueiros a roubar / e o povo a pagar", "Cavaco e Passos rua já" e "Cavaco, não cumpres o teu dever / És um incapaz, rua já".
 
A CGTP marcou para hoje uma jornada nacional de luta contra a exploração e o empobrecimento, que inclui manifestações no Porto e em Lisboa.
 
Centenas de autocarros transportaram manifestantes do sul e centro do país, atravessando a ponte sobre o Tejo para integrar a concentração da CGTP em Alcântara, contra as políticas de austeridade. No Porto, o protesto fez-se com a travessia a pé da ponte do Infante.
 
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, prevê ter "uma grande jornada de luta" e promete anunciar outros protestos contra as novas medidas de austeridade previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2014 (OE2014).
 
O líder da Intersindical entende que as medidas de austeridade inscritas na proposta de OE2014 aumentaram a indignação dos portugueses e acabaram por ter um efeito mobilizador para o protesto.
 
TSF – hoje 15:09
 
*Em atualização em PG
 
Atualização PG 16:00 - Os milhares de pessoas referidos no inicio do texto são claramente dezenas de milhares de pessoas. Neste momento o secretário geral da CGTP discursa (quase a terminar) em Alcântara com cerca de 70 mil manifestantes que têm por objetivo exigir a demissão do governo Cavaco-Passos-Portas. Mais de 400 autocarros atravessaram a Ponte 25 de Abril em marcha lenta, acompanhados por centenas automóveis de manifestantes e centenas de motares. Tudo e todos vieram desembocar em Alcântara (bairro de Lisboa junto à ponte) aumentando o número de manifestantes que estavam à sua espera.
 

Angola: RECUSADOS TRÊS PEDIDOS PARA ARQUIVAR SUSPEITAS

 

TSF
 
O Ministério Público já negou por três vezes arquivar as suspeitas contra os principais visados no processo de Angola. A última recusa foi há duas semanas, diz o Expresso.
 
O semanário Expresso conta que o pedido de arquivamento foi feito pelo advogado português que representa Manuel Vicente, Hélder Vieira Dias e Leopoldino Nascimento.
 
O último pedido foi entregue há duas semanas, mas teve a mesma resposta dos pedidos anteriores - o ministério público recusou o arquivamento, alegando que as finanças estão ainda a fazer perícias financeiras aos três envolvidos.
 
O jornal adianta que nenhum dos três angolanos foi ainda ouvido pelas autoridades portuguesas. Não são arguidos e gozam portanto, da presunção de inocência, refere o semanário.
 
Leia mais em TSF
 

Angola: INSULTO DE LISBOA

 


Álvaro Domingos – Jornal de Angola, opinião – 19.10.2013
 
O Bloco de Esquerda em Portugal beneficia de indulgência e compreensão porque os seus mais importantes dirigentes ainda não sabem como devem apresentar-se ante a sociedade. Prometeram uma prática política diferente, sobretudo ao nível das lideranças. Mas em breve surgiu Francisco Louçã dizendo que o partido era ele, num arremedo de Rei Sol com tiques evidentes de Menino de Deus.
 
Os outros dirigentes sentados à mesa da liderança comeram e calaram. Mas o desastre eleitoral nas últimas legislativas ditou o afastamento do rei, que uma vez morto foi substituído por Catarina Martins, uma simpática bloquista bojuda, histriónica, politicamente assim-assim e sem a noção do que é ser líder de um partido com representação parlamentar. O cabotinismo é um adorno desaconselhável.

A humilhação que foi infringida ao Bloco de Esquerda pelos eleitores portugueses nas recentes eleições autárquicas deixaram o resto da “mesa” em fanicos e agora é o salve-se quem puder e o último a sair que enterre João Semedo, um verdadeiro erro de casting que merecia melhor sorte, dada a sua inegável qualidade política. Os ratos começaram a abandonar o navio logo no primeiro desaire eleitoral. Um deles assentou praça no “Expresso” e para compor a ração, dispara tiro instintivo contra Angola.

O bufão sobrevive rente ao chão, acotovelando vermes e minhocas, para ter algum espaço que lhe permita apodrecer. Um dos seus últimos bafos é altamente condenável. Chamou mercenários aos portugueses que labutam em Angola. Ainda que o biltre não mereça resposta nem responso, por uma questão de solidariedade temos de reprovar semelhante afronta.

Os portugueses que trabalham em Angola são gente boa e desempenham as suas tarefas com competência e profissionalismo. Estão sempre disponíveis. Respeitam os angolanos e muitos já constituíram cá família. Outros, depois do período de adaptação, trouxeram mulheres e filhos. Regra geral, os portugueses são os mais entusiastas e activos agentes da reconstrução nacional. Não merecem que um bloquista oportunista lhes chame mercenários.

Porque apesar de terem sido acolhidos em Angola fraternalmente, quase todos têm saudades da sua pátria e enviam todos os meses para Portugal as suas poupanças. As remessas dos emigrantes portugueses que trabalham em Angola estão em terceiro lugar, depois da França e da Suiça. Também por isso não merecem que um escriba desalmado lhes chame mercenários.

Mas sobretudo porque o Bloco de Esquerda tem grandes responsabilidades na situação em que Portugal hoje se encontra e que levou centenas de milhares de portugueses a deixaram a sua terra natal, as suas casas, as suas famílias e os seus amigos. A direita deu a Louçã e seus acólitos todo o espaço nas televisões, rádios e jornais. Eram as estrelas da companhia. Como resultado dessa exposição mediática, o Partido Comunista enfraqueceu.

Como a receita funcionou bem, a direita pôs Francisco Louçã e os seus papagaios a atacar o Governo do engenheiro José Sócrates, o melhor que Portugal teve depois do 25 de Abril. Num quadro de gravíssima crise internacional e particularmente na Zona Euro, o Bloco de Esquerda ajudou a direita a derrubar José Sócrates, escancarando as portas à Troika que desde então, confisca tudo quanto é dinheiro aos portugueses que vivem dos seus salários e das suas pensões e reformas.

Chamar mercenários aos portugueses que cá trabalham é uma indignidade revoltante. Se aqueles que são a voz oficial de Pinto Balsemão vivessem em Angola, se vissem os olhares tristes de muitos portugueses que deixaram tudo para trás para poderem sobreviver e manter as suas famílias, não se atreviam a semelhante monstruosidade.

Em Angola não há portugueses mercenários. São todos bons cidadãos, trabalhadores, educados e responsáveis. A direcção do Bloco de Esquerda só tem um caminho: desautorizar imediatamente o farsante que ousou insultar milhares e milhares de portugueses que além de estarem a governar as suas vidas e as dos seus familiares, ainda mandam remessas de dinheiro para que a garotada que tomou de assalto a política portuguesa se divirta à grande e à francesa. Para aqueles que são a voz oficial de Pinto Balsemão não há crise. Nadam todos em dinheiro. Por isso, a infâmia é ainda mais condenável.

Os mercenários portugueses estão todos em Lisboa e os mais desprezíveis pertencem ao império mediático de Pinto Balsemão.

Leia mais em PG
 

Marcha de apoio a José Eduardo dos Santos foi também de saudação a portugueses…

 

… que vivem em Angola
 
A marcha de apoio ao Presidente angolano José Eduardo dos Santos, realizada hoje em Luanda, acabou por se transformar numa enorme saudação às dezenas de milhar de portugueses que vivem e trabalham no país.
 
O percurso, de cerca 20 quilómetros e que ligou a praia do Bispo, na Chikala, ao Largo da Independência, com regresso ao local de partida, defronte do Mausoléu onde se encontram os restos mortais do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, foi percorrido por uma coluna motorizada, com centenas de motas, carros e autocarros.
 
Além dos vivas a José Eduardo dos Santos foram em várias ocasiões ouvidos vivas também aos cidadãos portugueses que vivem e trabalham em Angola.
 
A iniciativa partiu da recém-criada Associação dos Amigos do Bem e da Paz, cujo presidente, Hélder Balsa, disse à Lusa que o objetivo era manifestar apoio a José Eduardo dos Santos e ao discurso que proferiu na passada terça-feira, no parlamento, sobre o Estado da Nação.
 
Na ocasião, José Eduardo dos considerou que "o clima político atual" da relação entre Portugal e Angola "não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada" entre os dois países.
 
Na zona de concentração da manifestação, a única referência à questão das relações bilaterais era um grande cartaz que tinha inscrita a frase "Não queremos ingerências nos assuntos internos do nosso país", mas o discurso de Hélder Balsa, e sobretudo o destaque dado à presença de dois jornalistas portugueses, os correspondentes das agências Lusa e Reuters, demonstrou que o objetivo inicial passou a incluir o apoio aos portugueses que vivem atualmente em Angola.
 
"Os portugueses que cá estão e que cá continuam, de certa forma sentem-se angolanos, porque abandonaram as suas casas e estão cá a dar um contributo muito válido para o desenvolvimento do país", frisou Hélder Balsa.
 
O presidente da associação concluiu enviando uma mensagem aos pelo menos 120 mil portugueses que vivem e trabalham em Angola: "São bem-vindos todos os portugueses. O fim da parceria estratégica não quer diz que os portugueses não são bem-vindos".
 
E durante o percurso, que decorreu sem qualquer tipo de incidentes, os cerca de 3 mil participantes, segundo a organização, com um enorme autocarro com colunas de som a abrir o desfile, entremeava música angolana com palavras de ordem de apoio a José Eduardo dos Santos e aos portugueses, designadamente "Vivam os portugueses que vêm por bem" e "Viva a paz".
 
RTP - Lusa
 

CAVACO SILVA DEFENDE REGIME ANGOLANO COMO QUALQUER DITADOR

 


Os textos que se seguem são parte integrante do semanário angolano Folha 8 na sua última edição em 12 de outubro, que temos vindo a publicar na disponibilidade possível. A abordagem que visamos relaciona-se com as declarações de Cavaco Silva, ontem, chegadas a Portugal. Cavaco (junto com Passos Coelho) está na América Latina na Cimeira Ibero-Americana, que se realiza no Panamá. 
 
Foi evidente que aquele presidente da República Portuguesa encaixa perfeitamente na expressão “mais papista que o Papa” (mais ditador que o ditador) quando pretende proceder a uma lavagem do regime ditatorial angolano desde há mais de trinta anos, referindo simplesmente que Angola é um país democrático, que foi a eleições e tem orgãos legítimos manifestados pela vontade do povo angolano (TSF). Mas os mais de trinta anos de ditadura declarada, sem eleições presidenciais - e legislativas (menos anos) – nada contam para Cavaco. Nem a atualidade de democracia de faz-de-conta vigente em Angola (que Portugal vai procurando imitar).
 
Nem contam as muitíssimas dúvidas e incidentes ocorridos e referidos pela comunidade internacional observadora sobre o modo como decorreram as eleições presidenciais (por exemplo). E não contam também prisões de jornalistas, assassinatos de opositores, nem desaparecimentos, nem a repressão e violência policial-presidencial-governamental – para não lhe chamarmos terrorismo de estado. Nada conta para Cavaco sobre isso e muito mais que é adverso aos regimes democráticos. O que significa que Cavaco indicia que tem inveja de Eduardo dos Santos e do seu regime. Razão plausivel (e por cifrões sujos ou não) porque um PR de país europeu dito democrático defende regime angolano - mascarado de democracia - como qualquer ditador. Os angolanos (ou os portugueses) que se lixem. Quem nos dera que assim não acontecesse.
 
Seguem-se as “caixas” do Folha 8 com opiniões diversas sobre a “novela” Rui Machete em Angola e os seus armários a transbordar de esqueletos. (Redação PG – CT)
 
“PORTUGAL VAI PERDER COM ATITUDE DE SUBSERVIÊNCIA FACE AO PODER DE ANGOLA”
 
O professor de Economia na Univer­sidade Católica de Luanda e líder do Bloco Democrático Justino Pinto de Andrade disse que as declarações de Rui Machete deram “uma má ima­gem de Portugal” em Angola.
 
No quadro das relações entre Portu­gal e Angola, presente e futuro não podem ser encara­dos da mesma forma. Se, no presente, Portugal pode ga­nhar com uma cumplicidade com Angola, no futuro o mais certo é vir a “perder”. “As elites políticas” de Lisboa no relacionamento com o poder em Luanda passam a linha da cumplicidade para o campo da “subserviên­cia”. Para ele as declarações do ministro Rui Machete dão “uma má imagem” de Portugal em Angola. Algo que vem na sequência de comportamentos anteriores e que, ao contrário do que podem pensar os políticos portugueses, “não ajuda a fomentar as relações entre os dois países”.
 
A cumplicidade entre Portugal e Angola pode trazer “um maior fluxo” de comércio e investimentos, mas “só no curto prazo”, considerou o analista. “Se olhar para o futuro, Portugal vai perder muito. As autoridades an­golanas não respeitam quem se põe de joelhos. É uma forma muito negativa de relacionamento.” Esta posição “é muito má para a imagem de Portugal”, considerou ao Público Justino Pinto de Andrade. “As pessoas pensam que ficando de joelhos fomentam as relações entre os dois países”. “É o contrário.” As investigações abertas em Portugal são referentes a suspeitas de actos em território português, nota Justino Pinto de Andrade. A “promiscuidade entre a Justiça e a política” em Angola impede “o apuramento” das suspeitas de “actos ilícitos que envolvem entidades angolanas”, realça. “Se os actos ilícitos que envolvem as entidades angolanas em ter­ritório português fossem investigados, nós em Angola teríamos melhor forma de pressionar os políticos cor­ruptos”.
 
MACHETE RECUSOU RESPONDER SOBRE DIREITOS HUMANOS EM ANGOLA
 
A deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto considera que a situação do ministro de Estado e dos Ne­gócios Estrangeiros de Portugal, está “sem retorno e sem saída”, no caso da entrevista a RNA. “O problema reside nas funções que desempenha, um ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros não fala por si próprio nem faz interpretações pessoais e políticas quando fala aos microfones de uma estação estrangeira”, afirmou. Ainda durante a interpelação, a deputada de Esquerda, quis saber qual será a posição da diplo­macia portuguesa na próxima cimeira bilateral face às violações dos direitos humanos em Angola.
 
Após o silêncio de Machete em relação à posição que Portugal iria defender na próxima cimeira com Angola no que respeita aos direitos humanos, Hele­na Pinto voltou a questioná-lo sobre o assunto, por­que “todos sabemos o que é que se passa em Angola e não podemos fechar os olhos”, concluiu.
 
LAMENTÁVEL EXERCÍCIO DE SUBSERVIÊNCIA
 
O “pedido de desculpas” que o ministro dos Negócios Estrangeiros português efectuou à Rádio Nacional de Angola não foi um pedido de desculpas ao povo de Angola, ao contrário do que diz Rui Machete, mas um lamentável exercício de subserviência pe­rante a elite do MPLA que trata Angola como sua propriedade privada.
 
Diz o ministro que tal “pedido de desculpas” teve como objectivo contribuir para o “apaziguamento na relação entre os dois países”. Para justificar o injustificável in­ventou um problema inexistente. Não existe nenhum problema nas relações entre os dois países e muito menos entre os dois povos.
 
As declarações do ministro envergonham os portugueses. São um pedido de des­culpas, isso sim, por Portugal ser uma democracia onde é a Justiça, e não o Gover­no, que decide as investigações judiciais.
 
A economia portuguesa está a viver momentos complicados, muitos dos quais cria­dos ou agravados pelo atual Governo, mas nada permite (a começar pela dignida­de) que se estenda uma passadeira vermelha para qualquer tipo de investimento, incluindo o que tem a ver com branqueamento de dinheiro ou resulta da corrupção e pilhagem dos recursos de outros países.
 
João Semedo - dirigente do Bloco de Esquerda
 
Inserido em "caixas" no título “QUEIROZMATOZOIDE”DO DISCRIMINATÓRIO JORNAL DE ANGOLA DEFENDE MACHETE", em Folha 8 – edição 12 outubro 2013 – já publicado em Página Global
 

“MAL ENTENDIDOS” ENTRE PORTUGAL E ANGOLA “VÃO SER ULTRAPASSADOS" – Cavaco

 


O Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, afirmou na sexta-feira estar certo de que "mal entendidos" entre Portugal e Angola e "eventuais desinformações" vão ser ultrapassados e que os dois países vão fortalecer o seu relacionamento.
 
Em declarações aos jornalistas, à margem da XXIII Cimeira Ibero-Americana, na Cidade do Panamá, o chefe de Estado português adiantou que na terça-feira à tarde "ocorreram contactos" entre o seu gabinete e o gabinete do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, e que "a conversa correu bem".
 
Questionado sobre a que "mal entendidos" e "eventuais desinformações" se estava a referir, o Presidente da República Portuguesa respondeu que não é altura de os "avivar", mas sim de trabalhar para os ultrapassar. "Eu não irei avivar nada daquilo que pode eventualmente ter estado por detrás desses mal entendidos", acrescentou.
 
Segundo Cavaco Silva, "quando as relações entre dois países são muito intensas, como é o caso de Portugal e de Angola, por vezes surgem mal entendidos".
 
Lusa
 

Embaixador de Angola: Investimentos portugueses continuam a ser “bem-vindos”

 

 
O embaixador angolano em Portugal assegurou em entrevista à SIC Notícias que os investimentos portugueses em Angola são “bem-vindos” e garantiu que os portugueses que trabalham no país “não estão a ser perturbados”.
 
“Os investimentos portugueses em Angola são bem-vindos. Os portugueses que estão a trabalhar em Angola não estão a ser perturbados, nem o Estado angolano vai permitir que sejam perturbados na sua vida normal pelo facto de serem portugueses”, garantiu José Marcos Barrica numa entrevista ao programa “Sociedade das Nações” que será exibida este sábado no canal noticioso.
 
O diplomata, nas primeiras declarações desde a polémica declaração do Presidente angolano José Eduardo dos Santos a anunciar o fim da pretendida parceria especial entre os dois países, assegurou que o seu país continua a “precisar” de Portugal e do contributo dos portugueses.
 
“Não se disse que terminaram as idas dos portugueses a Angola. Não se disse que Angola não precisa de Portugal. Precisamos dos portugueses, precisamos de Portugal para o nosso desenvolvimento, como precisamos também de outros países que tenham algo para oferecer-nos do ponto de vista tecnológico, do ponto de vista do conhecimento”, disse.
 
No entanto, e no pequeno excerto das suas declarações hoje divulgadas na página ‘online’ da SIC, José Marcos Barrica advertiu que “esta boa vontade (…) não pode ser feita a qualquer preço” e mesmo tendo “consciência” que é sempre encarada com “desconfiança”.
 
“Os angolanos, os seus dirigentes, não se sentem confortados quando sabem que o seu par de relação, no caso Portugal, o território português por exemplo, é um território onde avultam sinais de desconfiança por parte destas pessoas, muitas delas bem colocadas no Estado português”, sublinhou o diplomata.
 
E concluiu: “Quer dizer, não é bom que um dirigente angolano, por exemplo, que venha a Portugal, saiba que a opinião que se tem dele é de um criminoso”.
 
Na terça-feira, durante o discurso sobre o estado da Nação na Assembleia Nacional de Angola, em Luanda, José Eduardo dos Santos anunciou o fim da parceria estratégica com Portugal.
 
"Só com Portugal as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político atual, reinante nessa relação, não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada", considerou o Presidente angolano.
 
Portugal e Angola têm previsto realizar em Luanda, em fevereiro do próximo ano, a primeira cimeira bilateral, cuja realização foi anunciada em fevereiro passado pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas.
 
Fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros português disse na quarta-feira à Lusa que Portugal continua a preparar o encontro dos líderes dos dois países.
 
Também na quarta-feira, o primeiro-ministro português afirmou que fará tudo o que está ao seu alcance para que a relação entre Portugal e Angola não seja abalada, referindo ainda não ter falado com o Presidente angolano sobre este assunto.
 
"Eu farei o que está ao meu alcance, como chefe do Governo português, para que essa relação entre os dois países não seja abalada por episódios de qualquer espécie”, disse Pedro Passos Coelho.
 
“Portanto, aquilo que iremos fazer, como temos vindo a fazer desde o dia em que eu tomei posse, é realizar uma aproximação muito grande com o Governo angolano, mas também com instituições angolanas, de forma a cultivar e a aprofundar esta relação que é importante para as duas nações e para os dois povos", declarou o primeiro-ministro à comunicação social portuguesa, num hotel da Cidade do México, onde se encontra em visita oficial.
 
PCR (EL/IEL) // VM - Lusa
 

Timor-Leste: PRIMEIRA-DAMA DISCUTE PROGRAMA DA MISS TURISMO

 

18 de Outubro de 2013, 17:03
 
Primeira-dama Isabel Ferreira, reuniu-se com os representantes do Ministério do Turismo de Timor-Leste, para discutir o Programa da Miss Turismo 2013, segundo o comunicado do Gabinete da mesma.
 
O Programa da Miss Turismo 2013, está a decorrer neste momento tendo sido já selecionadas 30 candidatas por parte dos júris dos 13 Distritos de Timor-Leste.

As candidatas irão ficar durante um período no Hotel Ramelau, em Díli, cujo programa consiste na formação profissional, focando temas políticos, sociais, morais, saúde, económicos, entre outros. A componente de formação prática será dada às candidatas, desde ao procedimento a ter como modelo, regras de etiqueta, etc.

Isabel Ferreira irá participar na próxima Segunda-Feira, na palestra com o tema “O Envolvimento da Mulher na Área Político-social”.

Dia 26 de outubro será o dia em que se irá coroar a primeira Miss Turismo de Timor-Leste.

SAPO TL
 

Guiné-Bissau: Governo de transição pede 20 milhões dólares para o processo eleitoral

 


Bissau – O Governo transição apresentou, esta quinta-feira, 17 de Outubro, o orçamento para as eleições Gerais agendadas para 24 de Novembro na Guiné-Bissau.
 
Falando à imprensa depois da reunião que manteve com o Executivo, o Represente Especial do Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, lamentou que a quantia de 20 milhões de dólares (cerca de 15 milhões de euros) tenha sido tornada pública muito tarde, sendo que a data de 24 de Novembro poderá estar comprometida.

«Apesar do orçamento apresentado ser um pouco elevado, há parceiros da Guiné-Bissau interessados em apoiar o processo eleitoral», disse José Ramos-Horta.

A reunião em que participaram os representantes dos partidos políticos, parceiros internacionais e sociedade civil, visou ainda dar início os trabalhos administrativos de recenseamento eleitoral, cuja data ainda é desconhecida.

O ministro da Administração do Território e Poder Local, Batista Te, disse que, a partir da próxima semana, será inaugurado o novo edifício onde vai funcionar o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral.

Em representação do Presidente da transição, o Presidente da Assembleia Nacional Popular, Ibriama Sori Djalo, informou aos presentes que a responsabilidade de realizar as eleições na Guiné-Bissau é do Estado Guineense e não da comunidade internacional.

Na mesma reunião foram ouvidas as posições dos partidos políticos e da sociedade civil. Em representação do PAIGC, Manuel dos Santos transmitiu a posição do seu partido face à realização das eleições, sublinhando necessidade de se avançar com o processo.

Por outro lado, o representante do Partido da Renovação Social, João Adriano do Santos, concordou com o adiamento da data para a realização das eleições.

Em nome do Fórum de Partidos Políticos Signatários do Pacto e Carta de Transição, Afonso Té considerou que o acto marca o início do tão almejado processo eleitoral na Guiné-Bissau.

Da parte da sociedade civil guineense, José Lopes mostrou-se preocupado com a actual situação do país, que constitui a preocupação da sociedade civil, e apelou à realização das eleições Gerais o mais rapidamente possível.
 
(c) PNN Portuguese News Network
 
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Renamo e populares falam em ataque à base de Dhlakama no centro de Moçambique

 


O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, denunciou hoje um ataque à base onde se encontra Afonso Dhlakama, líder do principal partido da oposição, na Serra da Gorongosa, centro de Moçambique.
 
"O presidente Dhlakama está a ser atacado neste momento na sua base", escreveu Mazanga, numa mensagem por sms, enviada à Lusa, às 16:22 (15:22, em Lisboa).
 
Contactado por telefone, Mazanga reiterou o conteúdo da mensagem, afirmando: "Está a acontecer um ataque a Sandjudjira (base da Renamo onde se encontra Dhlakama) por forças combinadas do governo, incluindo comandos", disse.
 
O porta-voz, que se encontra em local que não revelou, mas naquela região do centro de Moçambique, disse que a notícia do ataque lhe foi transmitida por Armindo Milaco, antigo comandante militar da Renamo e atual chefe da Mobilização do partido, que está com Dhlakama na antiga base militar.
 
Lusa
 

LÍDER DA OPOSIÇÃO MOÇAMBICANA VIVE HÁ UM ANO NO MATO

 


Maputo, 15 out (Lusa) - Um ano após ter regressado ao antigo quartel da guerrilha da Renamo, na Gorongosa, centro de Moçambique, o líder do ex-movimento rebelde e agora principal partido da oposição moçambicana mantém as ameaças e a pressão sobre o Governo de Maputo.
 
Há um ano, Afonso Dhlakama trocou a sua moradia, construída no templo colonial, na rua Filipe S. Magaia, em Nampula, por uma casa de tipo maticada - barro, cimento e palha - em Santundjira, uma antiga base perto da Vila da Gorongosa, sem água nem energia e com grandes dificuldades na receção de sinal de telemóvel.
 
E não tardou muito para que o drama político também se mudasse para aquela zona.
 
Ao regressar ao mato onde funcionou a antiga base da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), movimento que dirige desde 1979, Dhlakama disse dar "um sinal que pretende estar ao lado daqueles que lutam" pela democracia multipartidária, "ameaçada pelas atitudes" da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), o partido no poder.
 
A Renamo contesta a lei eleitoral e a "crescente partidarização" do Estado e das Forças Armadas pela Frelimo, entre outras queixas.
 
Poucos meses depois, os primeiros ataques, que causaram diversos mortos, alteraram a fisionomia do pacificado centro de Moçambique, que passou a estar vigiado por polícias de elite e colunas militares e rondado por patrulhas de "homens armados", o habitual eufemismo que designa os ex-guerrilheiros da Renamo.
 
A principal estrada do país está, desde março, cortada num troço de 200 km, com o tráfego sujeito a escolta militar.
 
De então para cá, o entusiasmo com uma economia que cresce a uma média de 7,5% ao ano, e com recursos minerais que parecem inesgotáveis passou a ser refreado com o "fator Renamo", e os investidores, dos pequenos vendedores portugueses de vinho, às multinacionais do carvão, habituaram-se à pergunta dos jornalistas: "Como é que a tensão política está a afetar o seu negócio?".
 
O regresso à guerra é um espetro que se serve em doses diárias nos jornais e rádios do país, na maioria dos casos, com o dedo apontado à Renamo e ao seu líder.
 
Num artigo publicado esta semana pela Chatham House, a investigadora portuguesa Elisabete Azevedo-Harman desvaloriza a possibilidade de guerra, uma vez que "a Renamo não desfruta do mesmo apoio externo" de antigamente, mas divide as culpas pelos dois principais partidos moçambicanos.
 
"A Renamo não é a única causadora desta crise. A Frelimo tem que reconhecer algumas das queixas levantadas pela Renamo. Há um crescente descontentamento com a hegemonia do partido e suspeitas de ligações lucrativas entre membros do partido e esferas na economia", escreveu a investigadora.
 
Na quinta-feira, a pouco mais de um mês das eleições autárquicas, às quais a Renamo não só não concorre como ameaçou boicotar e não reconhecer os novos dirigentes nelas eleitos, Dhlakama fará uma aguardada comunicação ao país.
 
Na próxima semana, o chefe de Estado, Armando Guebuza, inicia uma presidência aberta em Sofala, visitando locais nas cercanias da base da Gorongosa.
 
Um encontro entre os dois, Guebuza e Dhlakama, parece ser o acontecimento mais desejado nos dias que correm em Moçambique.
 
LAS // VM - Lusa
 

Governo de São Tomé e Príncipe promete pagamento de bolsas a estudantes no estrangeiro

 


O governo são-tomense vai iniciar na próxima semana o pagamento de três dos vários meses em atraso da bolsa dos estudantes são-tomenses no estrangeiro, disse hoje o ministro da educação, cultura e formação.
 
"Esforços estão a ser feitos, todos nós sabemos da situação de debilidade financeira do país mas o governo tem multiplicado esforços e imaginação para que muito brevemente o pagamento possa acontecer", disse Jorge Bom Jesus.
 
"Ainda ontem, em Conselho de Ministros, voltei a colocar o problema e tudo aponta para que na próxima semana nós consigamos resolver essa questão que não é só de estudantes em Angola. Nós temos gritos que chegam de Moçambique, Cabo Verde, Brasil, Portugal, um pouco por todo o lado", acrescentou o ministro.
 
O governante explica que "os recursos são parcos, a demanda é grande", mesmo assim "há uma pressão enorme para mais estudantes saírem, mas o que nós temos estado a dizer é que é preciso inverter essa situação".
 
Uma solução, segundo Jorge Bom Jesus é criar condições internas "pelo menos para a formação inicial e depois ser complementada no exterior".
 
O governo quer dessa forma diminuir os custos e inverter situação de "grande pressão sobre o erário público".
 
"O país não consegue dar resposta a tanta demanda e a tanta quantidade de estudantes que nós temos fora, mas os compromissos são para cumprir". Garantiu o titular da educação.
 
Um grupo de 31 estudantes bolseiros são-tomenses em Angola, há 14 meses sem os seus subsídios, apelou hoje às autoridades governamentais do seu país para resolverem a sua situação sob pena de perderem o ano letivo.
 
Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente da Associação de Estudantes Santomenses em Angola, Clarilder Ceita, disse que o pedido de solução do problema já foi duas vezes apresentado ao Governo de São Tomé e Príncipe, tendo a última carta sido enviada em julho passado.
 
O valor mensal da bolsa é de 250 dólares (cerca de 180 euros), o que o líder da associação de estudantes são-tomenses considera irrisório, tendo em conta que Luanda é considerada a cidade mais cara do mundo.
 
MYB // PJA - Lusa
 

GUINÉ EQUATORIAL VAI ABANDONAR TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL – Obiang

 


O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, anunciou hoje que o país vai deixar de ser membro do Tribunal Penal Internacional (TPI) e convidou todos os países da União Africana (UA) a abandonarem a instituição.
 
“Não concordo com este tribunal internacional contra os africanos”, declarou Obiang numa conferência de imprensa em Malabo, transmitida em direto pela televisão estatal.
 
“Continuam a considerar-nos como escravos ocidentais, sem terem em conta que somos países livres e soberanos”, disse, propondo a criação de um Conselho Penal Africano, para que seja África a julgar os crimes mais graves ocorridos no continente.
 
Considerando uma “humilhação e irracional” a situação do Presidente do Quénia (Uhuro Kenyatta foi eleito depois de ter sido acusado em 2011 por crimes contra a humanidade pelo TPI, que o começa a julgar em novembro), Obiang acusou o tribunal internacional de “julgar apenas presidentes africanos, esquecendo os crimes que os outros cometeram”.
 
“(o TPI) Não convocou nenhum líder asiático”, insistiu.
 
Há uma semana, a UA reuniu-se em cimeira extraordinária para analisar as relações entre a organização e o TPI e decidiu pedir ao Conselho de Segurança da ONU para deliberar, como lhe é permitido pelo Estatuto de Roma, tratado fundador do tribunal, adiar o exame das acusações feitas a dirigentes no exercício do cargo.
 
Além do Presidente e do vice-presidente do Quénia, o Presidente do Sudão, Omar al-Bashir, é alvo de um mandado de detenção emitido pelo TPI em 2009 por crimes contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio no Darfur.
 
PAL (EO) // MLL - Lusa