Carta Maior
Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) revela que o programa Bolsa Família, desde sua criação, há 10 anos, ajudou a reduzir a pobreza extrema pobreza do país em 28%. Esse imenso avanço custa pouco. O investimento do governo federal previsto para o programa, em 2013, é de R$ 24 bilhões, o que representa 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB).
O programa hoje atende cerca de 13,8 milhões de famílias, o que corresponde a quase 80 milhões de pessoas. Desses, 22 milhões saíram da situação de miséria, superando o patamar de R$ 70 reais por mês. Os dados também mostram que a renda dos mais pobres cresceu quatro vezes mais rápido do que a renda dos mais ricos.
Pelos dados apresentados, entre 2002 e 2012, a proporção de brasileiros vivendo com menos de R$ 70 caiu de 8,8% para 3,6%. Sem a renda proporcionada pelo Bolsa Família, a taxa de extrema pobreza seria de 4,9%, ou seja, 36% maior que a atualmente observada.
Cada real adicional que é gasto no Bolsa Família impacta a desigualdade em 369% a mais do que o gasto com a previdência social e 86% a mais do que o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Não bastasse sua importância social para as famílias, o programa proporciona ganhos econômicos para o país. A cada 2% gasto com o Bolsa Família, 12,5% retornam em benefício para a população. É o chamado efeito multiplicador para a economia. De cada R$1,00 gasto no Bolsa Família, a economia faz girar R$ 2,40.
Além dessas conclusões, o Bolsa Família é reconhecido internacionalmente por levar e fixar crianças nas escolas, com melhorarias no desempenho escolar desses alunos, e por reduzir a mortalidade infantil.
O estudo pode ser lido na íntegra em http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/131015_bolsa_familia_cap11.pdf
O estudo pode ser lido na íntegra em http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/131015_bolsa_familia_cap11.pdf
Créditos da foto: Arquivo
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