Tuesday, April 30, 2013

AUSTERIDADE PROVOCA SUICÍDIO, DEPRESSÃO E DOENÇAS INFECIOSAS




Carolina Reis – Expresso - 29 de abril de 2013

Dois professores universitários fizeram uma investigação e concluíram que a austeridade pode causar suicídio, depressão e aumento de doenças infeciosas.

A austeridade está a ter um efeito devastador sobre a saúde na Europa e na América do Norte, é esta a conclusão de dois investigadores que será publicada no livro "O corpo da economia: porque mata a austeridade", de acordo com a "Euronews".

David Stuckler, professor da Universidade de Oxford, e Sanjay Basu, da Universidade de Stanford, concluíram que os cortes orçamentais podem provocar suicídio, depressão e doenças infecciosas devido à redução do acesso a medicamentos e cuidados de saúde.

As conclusões deste estudo fazem parte do livro "O corpo da economia: porque mata a austeridade", no qual os investigadores defendem que a austeridade causou dez mil suicídios e um milhão de casos de depressão na Europa e América do Norte.

Os professores dão o exemplo da Grécia, onde os cortes na prevenção do HIV levaram ao aumento de 200% da taxa de infetados. Nos EUA, mais de cinco milhões de americanos perderam o acesso aos cuidados de saúde durante a última recessão. Na Grã-Bretanha, cerca de dez mil famílias foram morar para a rua devido aos cortes do Governo.

Taxa de suicídios ultrapassa mortes por acidentes de viação ou de trabalho

Fátima Cavaleiro – RTP - 01 Abr, 2013

A taxa de suicídios em Portugal já ultrapassa o número de mortes registadas por acidentes de viação ou acidentes de trabalho.

É um dado apontado no Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, que estabelece várias estratégias para tentar diminuir estes números.

O Plano prevê atenção redobrada ao consumo excessivo de álcool e ao recurso aos medicamentos psicofármarcos. A restrição ao uso e porte de arma, assim como à venda de pesticidas são outros dos cenários igualmente recomendados.

Este estudo cita também dados de outros estudos, feitos noutros países em épocas de crise, e que apontam para a necessidade de reforçar, ao nível dos cuidados de saúde primários, o tratamento precoce de casos de doença mental porque está provada a eficácia desse reforço.

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