Sunday, September 8, 2013

Cabo Verde: Nicolau Furtado diz que professores vivem como escravos no Porto Novo

 


O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINDEP), Nicolau Furtado, assegurou este sábado, 07, no final de um encontro com a classe, que os professores no concelho do Porto Novo que ainda não foram reclassificados vivem numa “penúria, como escravos e sem motivação”. Lembra que há professores com 18 anos ou mais de serviço a usufruir um vencimento de 20 mil escudos quando deveriam receber 50 mil escudos.
 
Nicolau Furtado diz que esta situação é lamentável pois, com esse vencimento, muitos dos docentes não conseguem nem sequer assumir os seus compromissos, entre os quais, sustentar os filhos que frequentam as universidades. “A situação é tão lamentável que um professor mergulhou-se em lágrimas ao descrever a sua situação por causa dessa penúria", lamenta Furtado, que promete levar essas preocupações ao conhecimento da Ministra de Educação. A responsável da tutela tinha prometido resolver o assunto no passado mês de Julho. “Entretanto até hoje não há luz verde nesse sentido”, aponta.
 
Caso não haja uma data concreta para ultrapassar o problema, Nicolau Furtado assevera que os professores estão determinados em travar uma luta que passa pela realização de mais uma greve geral e congelamento de notas no final do primeiro trimestre.
 
Nicolau Furtado refuta por outro lado os dados avançados por Fernanda Marques dando conta de 70 por cento dos problemas dos professores estão resolvidos. Para o sindicalista, a realidade aponta para o contrário. Ou seja, actualmente estão resolvidos 30 por cento dos problemas e restam 70 por cento por solucionar.
 
“Existem reclassificações de 2008 a 2012 por resolver, subsídios por não redução de carga horária nesse mesmo período por pagar, progressões de 2009 até 2012, entrada no quadro profissionalizado de todos os professores que estão no sistema, o que viola o acordado no Conselho de Concertação Social. Isto sem contar com a não conclusão do Plano de Cargos Carreira e Salários (PCCS) e revisão do Estatuto do Pessoal Docente sem que haja qualquer explicação", esclarece.
 
Furtado diz que com todos os problemas pendentes os professores continuam a desempenhar as suas funções com profissionalismo, mas por falta de motivação a qualidade no sistema de ensino deixa muito a desejar.
 
PN – A Semana (cv)
 
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