Saturday, October 19, 2013

Governo de São Tomé e Príncipe promete pagamento de bolsas a estudantes no estrangeiro

 


O governo são-tomense vai iniciar na próxima semana o pagamento de três dos vários meses em atraso da bolsa dos estudantes são-tomenses no estrangeiro, disse hoje o ministro da educação, cultura e formação.
 
"Esforços estão a ser feitos, todos nós sabemos da situação de debilidade financeira do país mas o governo tem multiplicado esforços e imaginação para que muito brevemente o pagamento possa acontecer", disse Jorge Bom Jesus.
 
"Ainda ontem, em Conselho de Ministros, voltei a colocar o problema e tudo aponta para que na próxima semana nós consigamos resolver essa questão que não é só de estudantes em Angola. Nós temos gritos que chegam de Moçambique, Cabo Verde, Brasil, Portugal, um pouco por todo o lado", acrescentou o ministro.
 
O governante explica que "os recursos são parcos, a demanda é grande", mesmo assim "há uma pressão enorme para mais estudantes saírem, mas o que nós temos estado a dizer é que é preciso inverter essa situação".
 
Uma solução, segundo Jorge Bom Jesus é criar condições internas "pelo menos para a formação inicial e depois ser complementada no exterior".
 
O governo quer dessa forma diminuir os custos e inverter situação de "grande pressão sobre o erário público".
 
"O país não consegue dar resposta a tanta demanda e a tanta quantidade de estudantes que nós temos fora, mas os compromissos são para cumprir". Garantiu o titular da educação.
 
Um grupo de 31 estudantes bolseiros são-tomenses em Angola, há 14 meses sem os seus subsídios, apelou hoje às autoridades governamentais do seu país para resolverem a sua situação sob pena de perderem o ano letivo.
 
Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente da Associação de Estudantes Santomenses em Angola, Clarilder Ceita, disse que o pedido de solução do problema já foi duas vezes apresentado ao Governo de São Tomé e Príncipe, tendo a última carta sido enviada em julho passado.
 
O valor mensal da bolsa é de 250 dólares (cerca de 180 euros), o que o líder da associação de estudantes são-tomenses considera irrisório, tendo em conta que Luanda é considerada a cidade mais cara do mundo.
 
MYB // PJA - Lusa
 

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