Friday, October 18, 2013

Secretário executivo quer "nova CPLP" que aposte no capital humano

 


Lisboa, 17 out (Lusa) - O secretário-executivo da comunidade lusófona defendeu hoje "uma nova CPLP" em que os oito Estados membros apostem no capital humano, comprometendo-se a considerar uma percentagem do seu PIB para a educação, a saúde, a inovação e o género.
 
Na sua intervenção na conferência "O futuro da Agenda Global de Desenvolvimento: Visões para a CPLP", a decorrer em Lisboa, o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Murade Murargy, recordou que a organização acaba de lançar um debate sobre os desafios de futuro, numa altura em que se prepara para celebrar 18 anos.
 
Afirmando que a organização continua a ser "uma comunidade em construção e em constante processo de aprendizagem", defendeu que a instituição quer adequar-se às expectativas dos cidadãos dos seus Estados-membros.
 
"Uma nova CPLP é o que nós queremos", afirmou, acrescentando que o objetivo é usar a força dos oito Estados-membros e "contribuir ativa e sinergicamente para o esforço de desenvolvimento" dos países, sempre com o Homem como foco principal.
 
Reiterando que não é possível uma agenda de desenvolvimento sustentável "sem o concurso do homem capacitado", Murargy apelou aos Estados-membros para que assumam "o compromisso do desenvolvimento do capital humano", nomeadamente considerando uma percentagem do seu Produto Interno Bruto para Educação, a Saúde, a Inovação e o Género.
 
Defendeu ainda a consagração do direito à alimentação como um direito humano fundamental nos Estados-membros da CPLP.
 
"A atual situação não é sustentável e tem origem na inércia em fazer face aos fatores estruturais da fome", alertou.
 
Referindo-se ainda à nova visão da CPLP que quer ver definida, Murargy defendeu que ela resulte de um "diálogo amplamente inclusivo, com a participação dos povos" de todos os Estados-membros.
 
"Esta agenda deve incorporar a essência do que pretendemos ser nos próximos anos para superar o atraso, a miséria, o analfabetismo e as assimetrias", afirmou.
 
FPA // JMR - Lusa
 

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