Wednesday, June 6, 2012

GUERRA DE CANUDOS- RESUMO


Conheça um pouco sobre a Guerra de Canudos nesse pequeno resumo.
Muito se houve falar de guerras e conflitos que aconteceram ao redor do mundo, envolvendo grandes potências econômicas, ideologias contraditórias e desejos de crescimento territorial. A hegemonia política sempre esteve presente nestas guerras e sempre foi marca registrada de conflitos como no caso da Guerra Fria, quando Estados Unidos e União Soviética tentavam mostrar ao mundo quem era a maior potência mundial. 

Mas o Brasil presenciou também guerras internas e um destes conflitos aconteceu na região Nordeste. Muitas vezes falamos de guerras como se fossem conflitos distantes em países longícuos mas nos esquecemos que dentro de nosso próprio país várias foram as ocasiões em que se presenciou verdadeiras guerras e por motivos variados. 

A região nordeste do Brasil esta que sempre foi marcada por muito sofrimento, desde a impiedosa seca que sempre atingiu essa região do país, como também pelos líderes que por ela passaram e deixaram marcas até hoje sentidas e contadas. A Guerra dos Canudos foi uma destas guerras internas que derramou muito sangue em solo brasileiro. 

A Guerra de Canudos aconteceu em uma época em que o nordeste passava por uma série de dificuldades, entre elas podemos citar: fome, seca, falta de apoio político, violência, desemprego e fanatismo religioso. Os nordestinos passavam por uma fase muito complicada, pois a seca impedia a alimentação do gado, dificultava o plantio, aumentava o desemprego e fazia com que todo vivessem à margem da miséria.



Nesta situação ainda soma-se o fato de que os governadores pouco se importavam com a população pobre e aí, dentro desta situação, entravam os beatos, religiosos que se aproveitavam do momento de fragilidade e arrebanhavam seguidores que acreditavam numa vida melhor. A Guerra de Canudos então aconteceu neste cenário, entre 1896 e 1897, no sertão da Bahia, de um lado os moradores de Arraial de Canudos e do outro as tropas do governo do estado da Bahia, junto com militares enviados pelo governo Federal. 

 As causas dessa guerra estavam relacionada ao pagamento de impostos pelos moradores de Canudos, que não aceitavam essa imposição. Os latifundiários não aceitavam que estes habitantes não pagassem impostos e não seguissem as leis estabelecidas, por isso, influenciaram o governo da Bahia para lutar contra as ideias de Antônio Conselheiro, líder religioso que liderava o outro lado do conflito. De acordo com Conselheiro ele queria liderar um movimento contra as indiferenças e injustiças sociais, dizendo a todos que era um enviado de Deus. 
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Era também contra o casamento civil e era contrário a cobrança de impostos. Por sua vez, o governo baiano e também os latifundiários insistiam na ideia de que Conselheiro era um fanático e que pretendia apenas defender a volta da Monarquia. Quem não conhece esta parte da história de nosso país sempre diz que brasileiro sempre foi muito submisso, aceita todas as ordens e até mesmo as tiranias impostas por alguns governantes, mas a guerra de Canudos é prova de que o brasileiro sempre lutou por seus ideais. 

Assim como Tiradentes e tantos outros mártires que deram sua vida por um país livre de exploração e com direitos iguais a todos, em Canudos muitas pessoas deram a vida acreditando que seria possível construir uma nação com direitos iguais a todos os cidadãos. Canudo foi uma parte da história brasileira que não pode ser esquecida, assim como tantas outras, por se tratar de um movimento onde cidadãos pobres, explorados, marginalizados, se opuseram contra o Governo e tentaram dar um rumo diferente na sua própria história e na história de todos os brasileiros que viram depois deles. 

Nas 3 primeiras tentativas de invasão a Canudos as tropas da Bahia foram derrotadas, pois os jagunços e sertanejos se armaram e resistiram fortemente a qualquer investida que fosse feita. Foram batalhas cruéis mas que depois eram muito comemoradas pela população local que conseguir vencer as tropas do Governo. Porém, já na quarta tentativa, o governo do Estado contou com militares vindos de todas as partes do país e então massacraram de forma injusta e cruel os sertanejos, homens, mulheres, crianças e idosos e levou à morte Antônio Conselheiro em 22 de setembro de 1897.

Chegava ao fim, de forma cruel, a Guerra dos Canudos, a guerra de um povo que tentou bravamente lutar contra a injustiça e exploração. A guerra trouxe muitos significados para a população e até hoje é lembrada de forma a reforçar a ideia de que os habitantes das áreas menos privilegiadas do país não aceitam as condições em que são obrigados a viver. 

A injustiça social e a miséria profunda foram os verdadeiros motivos que fizeram com que os sertanejos e jagunços de Canudos revidassem às investidas de ataque das tropas baianas e a Guerra de Canudos foi isso, um conflito para tentar rever a situação vergonhosa em que brasileiros de um pedaço de chão esquecido viviam naquele final de século XIX, e que na verdade, ainda hoje, vivem em muitos outros pedaços de chão, mesmo em pleno século XXI.

 A resistência dessa população marginalizada foi a marca registrada da Guerra de Canudos e foi isso que essa guerra significou tanto para eles na época, ficar às margens da vida não fazia parte do vocabulário sertanejo, e não faz até hoje, ou pelo menos não deveria. 

Hoje não se espera uma nova guerra nesta região tão sofrida do Brasil, temos outros meios de resolver a questão, de ajudar este povo que continua sofrendo como há anos atrás e hoje este se torna um dever não só daquele povo que mora naquela região, mas de todos nós brasileiros que devemos votar consciente e cobrar de nossos representantes não apenas soluções locais mas uma política nacional justa que traga benefícios iguais para todos.


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